Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

quarta-feira, julho 31, 2002


Gente, amo a July... Se não fosse por ela o meu blog estaria verde, até hoje... numa fotossíntese eterna...
Merci, Julynha...

Sabe, o pior do fanatismo (seja ele de qualquer espécie, religioso, político, musical ou qualquer outro) não é o fanatismo propriamente dito.
Na verdade, as crenças sempre são pessoais. Sempre são próprias de nós mesmo. Sempre nascem de dentro prá fora (o contrário é a tão conhecida lavagem cerebral). E, em princípio, não caberia a ninguém interferir naquilo que acreditamos.
Se você acredita em Jesus, Buda, Alá ou Maomé, ou se, simplesmente, não acredita em nada, não me interessa. Isso é o que VOCÊ acredita, e não eu. Posso ser sua amiga achando que a sua crença é irreal, desde que eu saiba respeitar o direito que você tem a ter uma crença, qualquer que seja. Nunca o preceito "respeitar o próximo, como você gostaria de ser respeitado" deve ser seguido tão ao pé da letra como nessas situações.
No entanto, o fanatismo começa a ser um problema quando se torna intolerante.
Quando a pessoa começa a achar que seu caminho não é só o melhor, mas o único. E que, por ser único, deve ser seguido por todos, sem distinção. A partir daí, a tendência dos fanáticos é a de tentar convencer a todos que encontra que eles são os únicos certos e que você, mero mortal, é um ser menor por não acreditar no que eles acreditam...
Fui criada numa família católica e, portanto, cristã. Hoje em dia, aceito alguns preceitos católicos mas já conheço e também aceito preceitos de outras religiões, de outros deuses. Sim, sou da teoria de que todos os deuses são um só, mas não faço qustão que você acredite nisso.
Acredite naquilo que te faz bem, que te conforta. Ou não. Acredite no que quiser. Se tiver que ser no poder de Deus ou no poder do dinheiro, I don't care. Isso é algo seu, só você pode saber o que te completa ou se te completa.. Não cabe mim tentar enfiar na sua vida uma filosofia que é minha, até porque tudo que é imposto perde a sua razão de existir.
Primo pela liberdade, mas maior do que a liberdade física é a mental. As pessoas têm o direito de acreditarem naquilo que querem, sem imposição moral ou social de ninguém.
Nunca vou tentar impor nada, e, quando questionada a respeito de algo, dou minha opinião deixando claro que é a minha opinião e que, antes de adotá-la como sua, você tome o cuidado de refletir e ver se isso se encaixa na sua maneira de ver a vida.
E, da mesma forma, sempre espero que as pessoas ajam do mesmo jeito comigo. Respeitem o que eu penso e acredito e não tentem me impor nada. Aquilo que te fez bem não necessariamente fará bem a mim. Então não force nada comigo. Assim nós vamos nos dar bem e nunca brigaremos.
Caso contrário, se você for incapaz de conviver com pessoas diferentes de você, nem apareça na minha frente.
Fazendo um trocadilho bobo, não sou tolerante com pessoas intolerantes...


E, hoje, fui à Embaixada da Itália para tirar o meu passaporte como legítima cidadã européia. Não, não sou italiana, mas minha família é, o que me dá direito a ter dupla cidadania...
Estou muito empolgada... Não tenho intenção de viajar prá lá tão cedo, mas só de saber que quando eu quiser, eu já posso ir, é muito legal. Mesmo.

terça-feira, julho 30, 2002

Com toda essa discussão que tem rodado no mundo blogueiro-bloguista acerca do blog da Cathiane ultimamente, o melhor comentário que já li a respeito foi o do Daniel, no persipcaz Generico Incolor...
Adoro esse rapaz e adoro os posts tão pertinentes que ele escreve...

Ontem conheci um amigo de uma grande amiga minha, o Pitt. Sujeito bem legal, de papo bom e engraçado.
Ela me disse que ele me achou um doce. Analisemos isso:
Dia desses, eu estava aqui na AGU, tentando grampear um calhamaço de papel. Por ser muita coisa, não dava para grampear naqueles grampeadores normais então fui procurar um grampeador grandão que tem aqui...
Então, lá estava eu tentando botar todo o meu peso em cima do grampeador para que ele grampeasse a resma de documentos que estava comigo, quando a secretária daqui se compadeceu da minha situação, disse " meu bebê, deixa que eu faço isso. Você parece tão indefesa, parece uma boneca de porcelana..." e grampeou prá mim.
"Doce", "Bebê", "Indefesa", é engraçada essa primeira impressão que as pessoas têm de mim. Eu sou uma pessoa que fala muito e rápido. Também ando e como rápido. Rio alto e gesticulo como uma italiana de subúrbio. Tenho mania de estar certa, posições incisivas e opiniões firmes, chegando, por vezes, a ser intransigente e teimosa. Sou meio megalômana e absolutamente possessiva. Sou sarcástica, faço comentários ácidos e irônicos e gosto disso.
E mesmo assim as pessoas me vêm como um bichinho indefeso, delicado e bonzinho, como um biscoitinho de marzipã. Vai entender... Acho que é porque também sou muito preocupada com o bem-estar alheio, chegando a negligenciar a minha felicidade em função da de terceiros. Gosto de cuidar e sempre sou meio mãe daqueles que me cercam. Trato aos que amo como "os meus" (traços da possessividade) e não admito que ninguém ouse se aproximar para magoá-los (traços da megalomania)... Pode ser por isso que as pessoas me vêm assim. Ou não. Não sei mas sei que gosto quando me consideram indefesa ou doce. Não porque eu vá me aproveitar disso, seria incapaz de tal baixeza, mas porque são pessoas que me vêm de um jeito que eu mesma não me vejo. E é legal quando você percebe que as pessoas te percebem de maneiras diferentes...
Então, Pitt, obrigada pelo "doce". Foi bastante lisonjeiro e eu gostei muito...

segunda-feira, julho 29, 2002

Sabe o que eu descobri, escrevendo esse blog? Que eu sou viciada em falar "legal"...
Que inferno.

Estava lendo o InternETC, e vi um teste muito legal: Which Poet are you?
Descobri que não sou um, ou dois, mas três poetas... Legal, versão três em um, com os devidos comentários:




You are Robert Frost
You've had your fair share of acclaim and criticism. You have the desire to share your thoughts and knowledge with others. You view life as a challenge that you are prepared for! Nature inspires you.

Take the Which Poet are You? Quiz - brought to you out of boredom and pretention!


"You have the desire to share your thoughts and knowledge with others" : "thoughts", tudo bem, talvez isso explique o motivo desse blog existir... mas "knowledge" é demais...




You are Maya Angelou
You have a strong sense of self and have faith in your abilities. You are an optimist and believe that things can get better if people work together. You also have faith in humanity.

Take the Which Poet are You? Quiz - brought to you out of boredom and pretention!


Sim, eu confesso, eu tenho uma fé inabalável na humanidade...


e at last, but not least




You are e.e. cummings
Your use of the English language is not bound to any grammatical or even logical standards. You live your life with rhythym and passion and find yourself constantly searching for meaning by traveling or in new relationships.

Take the Which Poet are You? Quiz - brought to you out of boredom and pretention!


Tento viver minha vida apaixonada por algo: pode ser alguém ou alguma coisa, pessoa ou projeto, mas que me desperte um interesse profundo, sem o qual eu não consigo viver... Mas não tenho tantos "novos relacionamentos" assim... e, ultimamente, nem novo projetos ou coisa que o valha...






O mundo não é mais o mesmo. Tudo mudou por culpa única e exclusiva da minha mãe. Explico: minha mãe é o tipo de pessoa que não fala palavrão, odeia quem fala, acha horrível e, por conseqüência, me enche o saco quando eu falo. Ela odeia, especialmente, "caralho" e "vai tomar no cu" e variações... Pois, nesse sábado, a Dona Ceres, vulgo "minha mãe", estava me contando uma história e soltou um "blábláblá e caralho a quatro e blábláblá"... Não preciso dizer que meu queixo caiu, né? Foi tão assustador que cogitei a possibilidade de algum espírito maligno ter tomado conta do seu corpo e tentei um exorcismo precário, entoando um "saia deste corpo que não te pertence", mas acho que não deu certo... Ela riu e continuou falando...
Assustador...

Aí, nesse final de semana, saí com a Pathy para dançar. Fomos para a Passion e foi bem divertido. Lugar legal, não muito cheio, DJ bom, gente bonita, enfim, noite agradável... Encontramos um amigo, dançamos a noite toda e, como era de se esperar, rimos até não poder mais... Foi bom. Tenho que fazer isso mais vezes.

P.S.: Lá estávamos nós, quando vimos um ex-senador, que já foi chefe do governo no Senado, que esteve envolvido no escândalo do painel de votação e que não era o ACM, teoricamente casado, agarrado com uma garota, aparentemente, "da noite", dançando forró em meio a beijos de tirar o fôlego. Não preciso dizer que a boate inteira comentou isso, né? O que me surpreende é que ele está concorrendo a cargo eletivo esse ano e, pelo que demostrou, não está muito preocupado com a imagem pública...
De repente, ele só é menos hipócrita que o resto e aparece publicamente fazendo aquilo que os outros fazem escondidos... Ou não, ou ele é só sem vergonha mesmo... Vai saber...


Já estou fazendo meu novo leiáute com a ajuda da July e da Pathy... A Pathy é minha ajudante para partes artísticas e a July é a completa responsável pela parte técnica, visto que eu não entendo absolutamente nada de nada de computador... Mas vai ficar lindo. Logo, logo vocês poderão ver...



Hoje estou muito irritada. Mesmo. Meu pai conseguiu me tirar do sério fazendo algo que ele sempre faz e que ele sabe que não deveria fazer. Pelo menos, não comigo.
Sabe, sou uma pessoa relativamente fácil de se conviver. Tenho opniões firmes e, normalmente, gosto de estar certa mas sou passível de aceitar a opinião alheia e tenho tendido a evitar discussões que não levam a nada. No entanto, admito que meu humor varia de acordo com o que as pessoas fazem comigo ou me obrigam a fazer. Uma das coisas que altera meu humor é a forma como eu acordo.
Gosto de dormir, isso é um fato. E me programo, antecipadamente, para isso, tipo, na noite anterior já vejo até que horas posso dormir e coloco um despertador, mesmo que seja para acordar ao meio-dia.
Meu humor, ao acordar, não é dos melhores então prefiro que me ignorem pelos primeiros dez minutos, de forma que eu possa acordar "direito", como eu costumo dizer. Depois dessa fase pós-sono, já sou uma pessoa normal novamente e estou pronta para qualquer coisa.
Mas, então, o que meu pai fez para me irritar tanto? Simples: tem três dias que ele me liga às 8:45 hs para inventar algo para eu fazer com ele. Sábado, era prá trocar o óleo do carro. Domingo, porque ele queria saber não lembro mais o que era (quando estou com muito sono, não registro o que me é falado) e hoje, para trocar a pastilha de freio do carro (coisa que nós tínhamos combinado de fazer amanhã).
Então, ontem à noite, como dormi pouco no fim de semana e como minhas aulas começam hoje, resolvi que dormiria até umas 11:00 hs. O que que meu pai faz? Me liga às 8:45 porque ele resolveu que era melhor trocar o raio das pastilhas de freio hoje, e não amanhã. Ódio. Ódio mortal.
Quer saber, não faça esse tipo de coisa comigo. Se você quiser que eu vá catar coquinhos com você, às 4:30 da manhã, eu vou. É só me avisar no dia anterior para eu poder processar a idéia de que vou ter que acordar cedo para esse programa de índio. Eu vou numa boa, aliás, com direito a bom-humor e tudo mais. Mas nunca, never, ever, jamais dans la vie, me acorde de repente dizendo que eu tenho que fazer algo, que eu não sabia que ia ter que fazer, naquele exato momento. Isso me irrita mais do que tudo e, se eu puder, eu vou comer o seu fígado. O mau-humor domina e, exceto que algo muito legal aconteça, de mau-humor ficarei pelo resto do dia....
É desse jeito que eu estou hoje. Hunf!


sexta-feira, julho 26, 2002


Gente, ontem, depois de assistir "Gattaga", vi uma chamada na Globo dizendo que a partir dessa terça (eu acho) eles vão começar a reapresentar os episódios de "A vida como ela é" e que, depois, vão reapresentar "Engraçadinha- seus amores e seus pecados", em homenagem aos 90 anos de Nelson Rodrigues... Muito, muito bom mesmo...
Agora vou ter mais um motivo para ficar acordada até tarde...
Prá quem já viu, sempre bom ver de novo, prá quem não viu, veja, são ótimas produções...


Nada como um dia após o outro, com uma bela noite de sono no meio...
Ontem tinha escrito um post que, hoje, já acho que não merece estar aqui...
Eu estava muito irritada e, com ele, eu ia acabar magoando pessoas sem um motivo forte o suficiente para isso.
Então, fica prá outro dia, prá quando eu realmente quiser dizer tudo aquilo. Ou não.


E o Paulo Coelho, hein? Agora é o mais novo Highlander da ABL...
Como diria meu tio Samuel: "Morro e não vejo tudo"...


E lá estava eu, zapeando, como de costume (nota desta que vos posta: digo "zapeando como de costume" porque sou compulsiva com isso. Como diz meu primo tenho "dedinhos nervosos", de forma que não consigo assistir a um só programa de cada vez- acabo assistindo 3 ou 4 simultaneamente). Mas, então, lá estava eu , quando, de repente me deparo com "Gattaga", ainda no início.
Como era de se esperar, preparei-me para assistí-lo pela enésima vez.
"Gattaga" é um filme que eu gosto deveras. Ele tem um toque de Aldous Huxley em "Brave New World" (nunca vi o filme, só li o livro) que é meio óbvio, mas, mesmo assim, é muito bom. Para quem nunca leu, "Brave New World" (ou "Admirável Mundo Novo", como queira) trata a respeito de uma sociedade que pré-determina os seres humanos que vão constituí-la. Os bebês são feitos em laboratório e, desde de muito cedo, fica estabelecido quem servirá para ser um médico ou um advogado e quem servirá para lavar o chão e limpar banheiros. Como é de se esperar, alguém se rebela contra esse sistema e acaba por provar que ele não é assim tão eficiente.
É aí que mora a semelhança entre Huxley e "Gattaga". Ambos retratam uma sociedade em que se busca o perfeito como se isso fosse o melhor. Em "Gattaga" vende-se a idéia de que a única coisa que poderia dar errado em uma pessoa "feita" é a sua personalidade. Só isso não seria manipulável geneticamente.
Como também é de se esperar, um "Inválido" ou "Concebido pela Fé", como eles se chamam, se rebela contra esse sistema. Vincent (Ethan Hawke- "A Sociedade dos Poetas Mortos"), com o auxílio de um teoricamente perfeito, Jerome (Jude Law- "O Talentoso Ripley") que se tornou paraplégico numa tentativa de suicídio, engana todo o sistema a fim de poder se tornar um tipo de astronauta.
O que eu curto mesmo nesse filme (e na obra do Huxley) é como eles tentam demonstrar que, mesmo com todas as adversidades presentes, o espírito humano se sobrepõe à perfeição física.
Em última análise, adoro a fé na humanidade que essa obra apregoa. Adoro.
Ainda tem Uma Thurman ("Pulp Fiction"), como Irene, a namorada de Vincent e Alan Arkin ("O que é isso, Companheiro?") como o detetive que investiga um assassinato em Gattaga... Enfim, é um filme que vale a pena assistir.

quinta-feira, julho 25, 2002


Eu ainda não tinha falado disso aqui, e decidi que não vou falar muito...
Tio Joá, não posso lamentar pela sua ida. Só posso lamentar por aqueles que não tiveram a chance de te conhecer...
Nunca vão saber o que perderam...
Miss you


Sabe aqueles dias em que você não tem concentração nem prá entender texto de outdoor?
Pois é, tô num deles... Já li e reli o mesmo processo cents vezes e ainda não peguei o fio da meada...
E isso me cansa... Saco...


Sim, eu estou numa fase Madonna da minha vida. Acostumem-se...




I fall deeper and deeper the further I go


Momento de surto sentimental:

(quase) Todas as minhas amigas têm namorado...
Ideais, ou não, são namorados...
Até um amigo já está arranjando um namorado...
E eu aqui...
Corte meus pulsos.

Pronto. Passou.

Ontem, fui ao cinema assistir Star Wars II, com mais três companheiros de jornada... É um filme bem legal. Não sei se os "especialistas" em Guerra nas Estrelas concordam comigo, mas eu, pessoalmente, gostei bastante. Admito que, no começo, achei meio complicado entender toda a dinâmica política de rainhas, senadores, governadores e federação que eles apresentam mas, no fim, acho que captei a mensagem.
O momento em que eu mais ri, no entanto, não foi durante o filme, mas antes dele. Aqui em Brasília, no cinema do Píer, sempre passa uma propaganda de uma sessão de filmes curta-metragem que acontece, diariamente, às 6:00hs. São propagandas meio bobinhas, meio nada a ver (como uma que tem um casal se beijando e o relógio do cara cai. Nesse momento a câmera se aproxima e você pode ver que está marcando exatamente 6:00 hs. Daí, aparece o slogan que é "curta às 6:00"- um tipo de trocadilho com "curta" de curta-metragem e "curta" de curtir...), mas que termina frisando a idéia de "CURTA ÀS 6:00"...
Aí, a de ontem era de um cara tentando desativar uma bomba que tinha um relógio digital. No exato momento que o cara corta o fio, o relógio marca 6:00 e aparece o dito slogan.
Até aí normal, ninguém espera que essas propagandas primem pelo valor artístico mesmo...
Então, um dos meus companheiros de jornada solta a pérola da noite:
- É "curta" porque ele cortou, né? (se referindo ao fio que o "destivador de bombas" corta na bomba)...
Eu ainda levei uns segundos para processar a pergunta... e depois eu ri até chorar... Acho que ri durante todos os traillers...
Inacreditável presença de espírito... Mas, o melhor de tudo foi ele não ter entendido porque eu e Pathy ríamos tanto...
Ai, ai, é por essas coisas que a vida vale a pena...

quarta-feira, julho 24, 2002

Julynha, volta logo....
Inferno.

Minha vida está azul-anos-50...
Um dia eu explico o que é azul-anos-50...
E um dia eu explico essa minha identificação com cores...
Agora não.

Do you know what it fells like for a girl, in this world?

"Juan, donde estás que yo no te encontro?"

É nessas horas que endosso o coro com Fernando Pessoa:

"Senhor, livrai-me de mim!"

Eu queria ver Star Wars II... Como só tinha visto o I, combinei com uma amiga de alugarmos o IV, V, VI e o I (que ela não viu) para vermos antes de ir ao cinema assistir o Episódio II. Essa minha amiga é a minha companheira de cinema oficial, tão cinéfila quanto eu, então é óbvio que ela topou.
Assim, ontem foi o dia reservado para a odisséia que é assistir os 4 filmes de uma só vez. Achei que ia ser cansativo e que eu ia acabar perdendo a paciência mas me surpreendi porque foi muito bom... Nós acabamos de ver tudo umas 2:30 hs da manhã, o que me fez dormir mais do que o esperado hoje.
Hoje vamos ao cinema (com aquela cortesia que eu ganhei na 2ª feira) para ver "A Invasão dos Clones"... Já ouvi comentários dizendo que é o melhor e que é o pior deles. Enfim, veremos...

terça-feira, julho 23, 2002

Sabem o que eu fiz hoje? Nada. Quer dizer, nada além de escrever para esse blog... Fiquei a manhã inteira fazendo uma pesquisa de jurisprudência a respeito de imóveis funcionais que eu poderia ter feito em 10 minutos... A manhã INTEIRA.
Acho que estou tendo algum tipo de surto do mesmo tipo que a Emília teve quando tomou a pílula do Dr.Caramujo... Que Emília? A única, do Sítio do Pica-Pau Amarelo... E que pílula de que Dr. Caramujo? Bem, aí vocês já querem demais... Leiam Monteiro Lobato...

Não estou tão mal assim, afinal...
Gostei, especialmente, do "antisocial"... Há.
DisorderRating
Paranoid:Moderate
Schizoid:Low
Schizotypal:Moderate
Antisocial:Moderate
Borderline:Low
Histrionic:Moderate
Narcissistic:Moderate
Avoidant:Low
Dependent:Low
Obsessive-Compulsive:Moderate

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Primeiro, devo dizer que não acredito muito na teoria do "eu seria".. Eu acho que o melhor seria "eu estaria sendo", apesar do péssimo português, porque tudo na vida são fases. Hoje eu seria, ou estaria sendo, preto e amanhã, branco. Tudo muda. Então, entendam esse "eu seria" como um "estaria sendo" ou "hoje, eu seria"...

Uma cantora seria Madonna.
Uma frase seria ces't la vie...
Uma pergunta seria Por quê?
Uma roupa seria um vestido decotado.
Uma música seria Kiss ou I will survive.
Uma flor seria orquídea selvagem.
Um nome seria Penélope.
Uma bebida seria água.
Uma palavra seria dragonfly.
Uma arma seria um chicote.
Um gesto seria um abraço.
Um animal seria um pássaro.
Um desenho seria X-men.
Um personagem seria a Vampira.
Um filme seria Colcha de Retalhos.
Um lugar seria a Polinésia Francesa.
Uma atriz Ava Gardner.
Um atos Robert de Niro ou Al Pacino.
Uma gíria seria fala sério.
Uma idade seria 17 anos, idade da diversão.
Um perfume seria Opium.
Um livro seria Cem Anos de Solidão.
Um professor seria de História da Arte.
Um objeto seria um livro.
Um instrumento seria um violão espanhol.
Um horário seria 10 da manhã.
Uma cor seria preto.
Um dia seria sábado.
Um refrigerante seria coca-cola.
Um chocolate seria Twix.
Um cigarro seria: não seria.
Uma estação seria Verão.
Uma fruta seria cereja.
Uma comida seria qualquer prato italiano.
Uma utopia seria um mundo sem preconceitos.

Como diria uma amiga minha: eu falo pacas...

Então... Ontem fui ao cinema assistir "O Escorpião de Jade" com a Pathy... Depois de ficarmos meia hora esperando começar, sentadas dentro da sala, devorando um saco de pipoca BEM grande com uma enorme coca-cola, fomos avisadas de que o retro-alguma-coisa tinha quebrado e que nós teríamos o nosso dinheiro devolvido. Não estava naqueles dias de querer brigar por uma compensação (como é o habitual), mas tinha um cara na nossa frente que estava e nós (e todo o cinema) fomos junto para dar um apoio moral.
Ele conseguiu que, além de poder ver outro filme, nós ganhássemos uma cortesia... Isso foi bem legal porque, agora, vou ver Star Wars II de graça...
Além disso, encontrei por acaso um amigo de Campinas que estava em Bsb e nós ficamos conversando um tempão também. Ele acabou perdendo o começo do filme que ia assistir porque, toda vez que eu o lembrava do horário, ele falava que "sempre tem 10 minutos de trailler...". Parei de insistir para ele ir, mas realmente acho que ele perdeu o começo do filme...
No fim, acabamos (eu e Pathy) assistindo o filme "Cálculo Mortal"... Muito bom! Achei bem inteligente, é o tipo de filme que veria (e, provavelmente, verei, né, Julynha?) de novo... Assistam. Vale a pena...

Ontem era um daqueles dias que tinha tudo prá dar errado... O meu trabalho estava muito chato e eu estava de mau-humor... Mau-humor não é bem a palavra, mas definitivamente não estava de bom-humor... Aí, meu irmão, que estava com o meu carro, veio me buscar e, quando a gente estava indo prá casa, algo aconteceu.
Moro em Brasília e, nessa terra, é relativamente fácil ver a linha do horizonte. Ontem, no carro, enquanto falava banalidades familiares , porque sempre sou eu quem está falando, fui interrompida por um "eita, Zanza, o que é aquilo?".
Quando olhei para o céu para ver o "aquilo", vi algo lindo: uma nuvem que derretia... Ela era bem compacta em cima, como a cúmulus que devia ser, e, em baixo, estava derretendo, bem fluida, como água escorrendo por uma janela.
A gente ficou um tempo observando e ela diminuía mais e mais.
Aí, eu acabei percebendo que não era bem uma nuvem que derretia...
Estava tendo uma queimada em algum canto no horizonte de Brasília e a fumaça subia até a nuvem. Quando elas se encontravam, formava esse efeito...
É meio chato quando a gente encontra explicações racionais para as coisas mágicas da vida. Preferia enquanto era uma nuvem derretendo...
Mas, mesmo sendo só uma fumaça de queimada se encontrando com uma nuvem, isso salvou meu dia... Daí prá frente, tudo deu certo...

Isso ainda é meio novo prá mim... Sempre escrevi. Sempre. Toda a minha vida. Escrever sempre foi uma forma de aliviar o que eu estava sentindo. Admito que nos momentos mais depressivos escrevi mais, mas mesmo nos felizes também escrevi. Só que escrever sempre foi uma situação solitária, escrevia de mim para mim e nunca cogitei permitir que alguém lesse o que eu escrevia.
De repente, me pego tendo vontade de ter um blog. Por quê? Não faço a menor idéia. Talvez uma necessidade de mostrar aos outros o que eu escrevo, impunemente. Sim, porque, salvo algumas exceções, ninguém sabe quem realmente eu sou. Acho que isso torna mais fácil o fato de me expor a uma possível execração pública. Ou não. Sei lá...
Só sei que aqui estou e aqui devo permanecer por um tempo...

segunda-feira, julho 22, 2002

funciona....

teste