Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

quinta-feira, fevereiro 27, 2003


Testinho

You are French
You are a Parisian.


What's your Inner European?
brought to you by Quizilla


Solteiro no Rio de Janeiro

Solteira, mas em Brasília, e não no Rio de Janeiro. Na verdade, o título deste post é aleatório, é só porque eu lembrei dessa música. Mas, pensando a respeito, fico considerando o que teria na minha geladeira, morasse eu sozinha. Queijinhos, uma coca-cola, chocolates, meu indefectível leitinho (com nescau, claro), biscoitos, balinhas e todo tipo de comida que criança gosta. Minha vida ia ser tão pouco saudável (não que seja muito mais saudável atualmente)...

Assutador

Às vezes, quando leio blogs tipo o MATCHBOX, o Epinion (tanto o que é escrito pela autora original, Paula Foschia, quanto a "Coluna do Chefe", de Cláudio Lampert), o Genérico Incolor ou o Polzonoff, juntamente com suas respectivas caixas de comentários, me questiono (mesmo não concordando com tudo que dizem) o que me faz continuar com essa bobagem aqui...
E percebo o quanto eu estou longe de alcançar a clareza de pensamentos e a cultura da maioria dos que dão pitacos lá...

Mas, voltando à nossa programação normal, o Polenguinho, sabor Gorgonzola, não é uma coisa, de tão bom?


Mais coisas fofas

Ontem, finalmente, voltei ao Ministério do Planejamento para visitar pessoas muito queridas com as quais trabalhei.
E, lá, em meio às várias fotos da minha formatura que eu teimava em exibir, bolos, salgadinhos e refrigerantes (resquícios da festinha que eles fizeram para me receber), escutei um dos elogios mais legais que já recebi:
"-- Você fez esse vestido ficar mais bonito..."
Foi do Otávio, uma pessoa que eu adoro. Ele falou isso sem a intenção de rasgar seda, falou como quem pergunta "e você, gostou da festa?", com naturalidade, como se isso fosse óbvio.
Achei tão bonitinho que fiquei meio sem reação e só disse um obrigada, com um grande sorriso estampado no rosto.
E ganhei meu dia...


Faz-se necessário lembrar...

Que eu ando tãããão piegas ultimamente...

terça-feira, fevereiro 25, 2003


Mais música

Me diz se essa não é uma das músicas mais fofas que existe:

João e Maria
(Sivuca e Chico Buarque)

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

segunda-feira, fevereiro 24, 2003


Você toca banjo? Keep distance!

Então, sonhei com ele. Dejá vu. Acordei meio esquisita, com gosto de guarda-chuva na boca. Não que tenha "voltado tudo". Não voltou Tudo. Até porque Tudo, neste caso, com essa pessoa, não vai voltar. Mas, ainda assim, fiquei esquisita. Foi tão real. Foi muito real. E, muito embora, não o queira mais em minha vida, foi estranho tê-lo tão perto de mim de novo. Sim, porque figurar como ator principal nos meus sonhos É estar perto de mim. Salvo exceções, sonho com as pessoas que estão perto de mim. Do meu coração. E meus sonhos influenciam diretamente o humor que vai me acompanhar durante o dia. Alguns menos, outros mais. O dessa noite influenciou bastante (como pude perceber ao reler o post abaixo publicado), e ainda estou sob o seu efeito sedativo. Melancólica e envolvida em brumas. Mas vai passar. Sempre passa.

É Marco, Sonhos, Sonhos são

Se não se chamasse rosa-sintomas da estagnação

Vida estagnada. Grande oceano sem nenhuma onda. Nem onda que me levante, nem onda que afunde meu barco. Nada, nada. Sem nenhum grande amor para doer até o fundo da minha alma. Para me fazer perder a consciência de mim. Para me fazer perder o rumo de casa. Para me desnortear. Para me envenenar e entorpecer minhas veias. Nada. Nenhum problema sério com o qual eu deva realmente me desesperar. Achar que, se não resolver, vou morrer. Para me apavorar ao ponto de querer fugir. De querer sumir. De querer outra vida. Ou, até existe, eu é que não estou conseguindo me desesperar mesmo. O mormaço é dentro de mim. Perdi a capacidade de ser intensa. Nunca vivi intensamente mas sempre senti intensamente. Vivendo de sentimentos profundos, abismos intransponíveis, sempre questões de vida ou morte, mesmo que não fossem. Para mim eram. Tivesse nascido escritora, e pudesse eu escolher uma época, seria uma Romântica. Boêmia, escrevendo versos desvairados, com os olhos injetados, com amores de perdição, vivendo cambaleante em botecos suburbanos, me arrastando na miséria, cantarolando boleros antigos, canções de amor, psicografando meu sofrimento, cuspindo tudo num papel, maldizendo o que me rodeava, sendo arrogante com os grandes, porque eu seria grande, meu espírito seria grande e isso me bastaria, mesmo que todos me vissem como um fardo social, e, paralelo a isso, teria meu lado plácido, de contemplação platônica do meu amor, meu grande amor, algo supremo, sublime, minha própria essência, sem perceber o quão efêmero ele seria. Viveria assim até meus vinte e três anos quando, num surto de tosse decorrente da tuberculose que me consumiria há muito, morreria só. E me chamaria Marguerite. Ou Catarina. Enfim, não teria a rosa o mesmo perfume se não se chamasse rosa?
Principalmente, saberia colocar em palavras o que sinto. Mas não sou escritora. Muito menos poetisa. As palavras me faltam. As palavras nunca me bastam. Os sentimentos expressados sempre ficam capengas por não existirem expressões que os mostrem sem prejuízo de suas verdadeiras cores. As cores são ideais para expressá-los. Mas só eu sei ver minhas cores. Só eu sei o que significam para mim. O meu azul não é o seu azul e você nunca vai entender o meu azul. Mesmo que tente, sinceramente. É a nossa essência. Nascemos sós, morreremos sós. Por mais rodeados que estejamos de pessoas, por mais que elas nos amem, nunca nos entenderão ao certo. O que as pessoas captam é a superfície, é o mínimo que deixamos transparecer. Todos somos abismos sem fim, nunca alcançáveis. Por ninguém. Nem por nós mesmos. Eu tentei alcançar o fundo do meu abismo. Tocar o fundo, encostar a mão no que quer que forme este fundo. Mergulhei. Vi que ficava cada hora mais escuro, mais desconhecido. A luz já desapareceu há muitos séculos. Segundos, horas, dias, anos. Séculos. Muitos séculos se passaram em uma só vida. O tempo, aliás, perdeu seu sentido. O tempo não existe. Nessa empreitada me perdi. Não sei mais voltar. Agora me questiono se realmente perdi minha intensidade. Acho que ela só se agravou. É um Universo inteiro concentrado dentro de mim. Na iminência de se expandir. Como uma fórmula supersaturada: absolutamente instável, ao menor sopro vai se cristalizar. Se não aparece, se não vem à tona é porque eu não deixo. Tenho medo de perder o controle. Tenho medo de ser tão grandioso que devore a mim e eu fique louca. Grandes gênios sempre enlouquecem. É muita energia para uma pessoa só. É muito rápido. É muito forte. A válvula de escape é a loucura. Grandes sentimentos nos enlouquecem. Tenho medo de ficar louca. Tenho medo de ter medo de ficar louca. Não quero ter medo de ficar louca. Quero deixar que a minha intensidade flua. Mas sei que ela vai me arrebatar, me inundar, me afogar. E eu vou sofrer. Talvez mais do que aguento. E vou morrer. Vou transcender tudo que sou agora e virar outro ser. Não melhor, não pior, mas outro, que não conseguirá se conter num só corpo físico. Que estraçalhará tudo em que tocar. Como um Hércules, que sendo absurdamente forte, não conseguia controlar sua força, e, no calor de uma luta, matava culpados e inocentes. E depois chorava.
Acho que já estou louca. Só disfarço e as pessoas não percebem. Ninguém conhece ninguém. A nossa casca nos protege.
.
.
.
.
.
É a Fênix. É tudo culpa dela.


Biguebróder

Sou só eu, ou vocês também não suportam aquela professorinha baiana?!?


Dor de cabeça

E quando eu achei que, finalmente, estava livre, ela volta com força total:
Dor de cabeça.
Maldita dor de cabeça.

domingo, fevereiro 16, 2003


How

Gente, alguém me explica isso: 9, exatamente 9 pessoas chegaram aqui procurando por "máscaras venezianas"! O que é isso? Um surto mundial?!?

Mas a pesquisa mais interessante foi a seguinte: "ana paula arosio novela esperança acabar logo"... hahahahaha, querido, isso é o que o Brasil inteiro deseja.


Ode ao Diarinho

Tem uma coisa que eu não entendo direito. Por vezes, aliás várias vezes, li em comentários ou em posts de blogs alheios que é o fim o fato de existirem blogs-diarinhos, que isso é coisa de fracassado, que é podre, feio, bobo e chato. Aí, eu me pergunto: mas o que é o blog, se não um espaço virtual equivalente a um diário?
Sempre escrevi diários. Sempre. Aliás, o primeiro post que escrevi aqui foi dizendo exatamente isso. Comecei este blog nem sei bem porquê. Empolgação, acho, com blogs que lia e que achava muito legal. E de todos eles, ou pelo menos da maioria, as partes que eu mais gostava eram justamente as que poderiam ser consideradas "momento-diarinho". Notícias eu leio em jornais. Quando eu entro num blog, eu quero pessoalidade. Quero saber como é a pessoa que escreve, o que ela pensa, o que ela lê, o que ela come, o que ela escuta, que tipo de programas gosta de fazer... É claro que não curto ler "ki dimais, hj incontrei o beto... ele é tuuuuuuuudo. tava kerendo ficar c ele. cê me ajuda?". Gosto de coisas bem escritas, mesmo que sejam coisas bobas, mesmo que sejam relatos do cotidiano, mas não acho que um blog seja pior por não ser como eu gosto. Até porque isso é o que EU gosto, e o meu gosto não é necessariamente o gosto do outro.
A pessoa que escreve o blog com certeza curte o que escreve. E deve haver outras que também curtem, ou ninguém leria.
E, na verdade, qual é a obrigatoriedade de um blog ser lido? Não sei quanto aos outros, mas eu escrevo para mim.
Não que não goste dos meus dois leitores e meio. Longe disso, eu os adoro. E também adoro quando alguém cai aqui de paraquedas e diz que gostou do que eu escrevi. É sempre bom para a auto-estima quando um estranho diz que gosta do que fizemos. É bom justamente porque, ao contrário dos nossos queridos amigos, o estranho só diz o que realmente pensa. E é legal ver que alguém que nem te conhece, que não tem a menor obrigação de te falar nada, se dá ao trabalho de fazer um comentário a respeito do que você disse...
Mas então, estou desviando do assunto: não vejo porque um blog tenha que ser necessariamente muito freqüentado. Número de visitas não quer dizer absolutamente nada.

Ah, você está dizendo isso porque você não tem muitas visitas...

Pasmem, mas não é, não. E para falar a verdade, eu tenho muito mais visitas do que jamais pensei que teria. Ainda me choca chegar aqui e ver que não sou a minha primeira e única visitante. Ver que já teve umas 10 pessoas que entraram aqui.
Meu Deus, 10 PESSOAS!!! Assustador! Eu sempre achei que seria a minha única visitante e, de repente, tem umas 10 pessoas ou mais (ou menos) por dia. Aqui. Se isso não assusta alguém, eu não sei mais o que assusta. Fico pensando nos que têm 1.000 visitas. Jesus, que responsabilidade deve ser.
Mas enfim, eu digo tudo isso porque leio inúmeros blogs muito bons mesmo que têm pouquíssimas visitas e encontro outros tantos que são péssimos e, mesmo assim, passam fácil das 300 visitas diárias.

Pára tudo, pára tudo, não era disso que eu falava no começo... A minha capacidade de mudar de assunto sem perceber é absurda. Eu falava sobre blogs-diarinhos.
Pois é, blogs-diarinhos, não vejo nada de ridículo neles. As pessoas escrevem o que querem escrever. Ninguém tem a obrigação de ler. Se lê, é porque quer. Se não quer, não leia. Mas não encha o saco de quem está escrevendo. É óbvio que você tem direito à sua opinião, ninguém aqui está dizendo o contrário. Mas se você quer que sua opinião seja respeitada, respeite a dos outros. Se você quer liberdade plena, comece por respeitar a alheia.
As pessoas têm o direito de fazer o que quiserem. Até onde sei, vivemos num país livre, e a Internet é um espaço sem amarras. Assim, se eu quiser fazer um blog-diarinho, eu vou fazer. E ninguém tem nada com isso.
Não gostou do meu estilo, me achou uma estúpida, vá embora. Não estou fazendo questão da sua presença aqui. Se não pedi nem para você vir, pode ter certeza que não vou te pedir para ficar.
Não gostou, procure outra coisa para ler, vai ser melhor para nós dois.
Gostou, fique.
Simples assim.

P.S.: E, antes que eu me esqueça, pequeno lembrete aos desavisados: sim, este É um blog-diarinho. E eu gosto dele assim.

Antes tarde do que mais tarde

Crianças, voltei! Formada! Absolutamente bacharel em Direito! Eeeehhhhhhh!
Então, como sempre, entrei no MATCHBOX e, como sempre também, roubei alguma coisa.
Aqui está. Batam palmas porque é muito bom:

"A mulher não é ela.
É o clima dela.
Melhor do que perfumes é o cheirinho de banho recente que se descobre no cabelo e na nuca ou de capim cheiroso espalhado no armário e herdado pela blusa ou camisola. Nada de voz aguda.
Um tom de médio para grave é preferível.
Uma gota de rouquidão incentiva.
Nada de perfeições!
Nem de corpo, nem de inteligência e espírito.
Só de caráter.
Mulher mau caráter é tão raro quanto repulsivo.
O importante é mesmo ter algo de errado no corpo ou no rosto, atraentes. Certos pequenos erros acentuam traços ou detalhes que, isolados, crescem muito e ganham o todo.
O lábio um pouco mais grosso, seios com bicos estrábicos, alguma penugem de que ela não goste mas necessária, o nariz um pouco maior do que ela desejaria, tudo isso aquece a atração.
Carinho tem hora. Não hora marcada, mas hora adivinhada.
Carinho fora de hora, eriça.
Olhar de uma tristeza tão antiga quanto encarnações é forte fator de atração.
Lágrimas a postos.
Sempre.
Por favor, nenhuma bronca com barriguinha ou descuido nosso.
Nada de exigências ascéticas, dietéticas, apologéticas ou ideológicas. Mulher que atrai e mantém o seu homem é a que gosta mais de alguns defeitos dele do que de uma perfeição idealizada ou basbaque certinho demais.
Mas honradez ele deve ter.
Mulher deve falar como quem insinua em vez de ordenar.
Pedir como quem ajuda; saber esperar.
E não pode ficar falando "eu acho" toda hora, nem descuidar-se das unhas dos pés. Pudor é essencial.Mas um pudor velado, revelado apenas na linguagem sutil mas eloqüente de seu corpo, no modo de se encolher na cadeira ou cruzar os pés.
Rebolados, só os muito suaves e discretos.
Mas evidentes.
Ser friorenta é indispensável.
Se for possível preferir o silêncio - entre reclamar e reivindicar, salvo quanto tenha muita razão, melhor ainda.
Se não for assim, que venha a bronca, mas com mansidão.
E depois não permaneça a resmungar.
Que goste de eventuais e raros pilequinhos, jamais de alcoolismo.
Que ame beijar.
Aprecie e valorize gentileza e adore ser deixada cruzar a porta na frente.
Pisar firme, mas leve.
Mulher não deve chegar, deve aparecer.
Não deve entrar, deve aproximar-se.
Não deve mastigar, deve diluir.
Não deve engolir, deve sorver.
E por favor, cuspir, jamais.
Só no consultório dentário.
Ar de brincadeira antes de amar é receita infalível.
E dormir o mais encolhidinha possível e depois acordar solta, confiante no sono.
Em viagens é essencial cuidar da gente.
E guardar sempre uma surpresa para ser dada de repente.
Sim, ser bela nada tem com ser bonita.
É muito mais.
Porque a mulher não é apenas ela.
É também o clima dela."


Pelo menos, já sou muito friorenta... e adoro beijar. :-)

P.S.: Depois prometo que falo sobre o meu MARAVILHOSO baile (e sobre minha primeira-grande-bebedeira-com-três-taças-de-vinho - sim, eu fico altíssima com três taças de vinho)!

terça-feira, fevereiro 04, 2003


Clichê é clichê

Voltamos à nossa programação normal, com mais um episódio "Querido diário...".
Fui ao cinema assistir "007 - Um novo dia para morrer". Quer saber? Mesmo com todas as críticas feitas ao filme, eu gostei bastante.
É claro que é o tipo de filme que você só pode assistir depois de ter aceito alguns pressupostos como verdades universais. Aqui estão eles:

0 - Regrinha básica: serão questionadas todas as leis e princípios da natureza, físicos e/ou químicos, tipo: lei da gravidade, princípio da proporcionalidade, relatividade, conexão atômica, tudo, tudo, tudo...
1 - Todo e qualquer povo que tenha na bandeira uma ou mais estrelinhas vermelhas é do mal;
2 - Qualquer um que trabalhe para a Inglaterra e, conseqüentemente, para a Rainha -- como eles adoram dizer, é do bem;
3 - Todas as mulheres são m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s! : a mocinha, a vilã, a garçonete, a enfermeira, a massagista, a camareira... enfim, todas!
4 - Os bíquinis usados pelas Bond Girls sempre têm cinto. Sabe Deus porquê.
5 - Por óbvio, Bond, James Bond comerá todas elas (desculpem o termo de baixo calão, mas é isso mesmo). Se não o faz, não é porque elas não querem, já que ele é absolutamente irresistível, mas porque não deu tempo;
6 - O vilão de 1ª grandeza, invariavelmente, estudou em Harvard, Cambridge ou Oxford. Foi corrompido pelo meio Ocidental de ver as coisas e decidiu dominar o mundo. É sempre alguém muito inteligente, charmoso e chique. No último.
7 - O vilão de 1ª grandeza sempre é servido por um vilão de 2ª grandeza que, por sua vez, sempre é um protótipo de monstro. Dentes de aço, olhos de vidro, perna de pau, cara de mau, qualquer coisa. No caso deste filme, o empregado-vilão tem dezenas de diamantes grudados na cara (feio, porém rico :-));
8 - Bond, James Bond, sempre dorme com a vilã na noite imediatamete anterior à descoberta de que ela É a vilã. E ela sempre joga isso na cara da mocinha (com quem, por sinal ele também já dormiu);
9 - Sempre tem uma eletrizante seqüência que se passa no gelo ou na água muito, muito fria;
10 - James, além de ser o mais charmoso, mais inteligente, muito bom de cama, irresistível para qualquer ser que tenha cromossomos XX e de ter licença para matar, ainda é um exímio esportista. Do tipo que pratica desde esgrima até surf em ondas gigantes com precisão cirúrgica;
11 - Por fim, mesmo estando absolutamente cercado por dezenas de centenas de milhares de vilões, armados até os dentes, Bond conseguirá escapar. E fará isso depois de matar umas 5 dúzias deles. Mesmo que a única arma que tenha em mãos seja uma faca de cozinha.
E ele fará tudo isso sem amassar o terno. E sem desmachar o penteado.

Mas, nesse filme, observei algumas coisas das quais gostei muito (mais uma listinha):

1 - Tem um castelo da Cinderela, todo feito de gelo, em meio ao Alasca;
2 - Também, tem um carro invisível digno do avião da Mulher Maravilha;
3 - E tem um satélite que desabrocha igual a uma flor, no meio do espaço.
4 - E, é claro, o figurino é sempre DESLUMBRANTE!

Então, é isso.
Assista somente se você não se importar com a existência desses padrões-Bond. Passando por cima disso, o filme é bom.
Bem bom.