Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

sexta-feira, dezembro 27, 2002



Então, pessoal, é isso.
Foi bom enquanto durou e sempre adorei os comentários. Sempre.
Vou tentar voltar eventualmente aqui.
Grandes beijos para vocês, crianças, e tenham juízo, viu ?!?

É hoje. Fatídico dia em que esse blog terá seu fim. Queria achar uma imagem bem legal para botar no C'est finit mas, como a July sabe, sou péssima nisso. Não entendo absolutamente nada de computadores e meus conhecimentos "programáticos" se restrigem a pouco mais que o Word. Então, Julynha do meu coração, você será a responsável por encontrar uma imagem boa para o fim do meu blog. Se esse fim ficar eternamente sem imagem, culpem a July. E somente ela.

quinta-feira, dezembro 26, 2002


Na próxima encarnação, eu quero ser a Primeira Bailarina do Ballet Bolshoi.
Ganhar 400,00 dólares de salário, ter o pé repleto de bolhas de sangue, acordar todos os dias com dores musculares, mas viver para dançar.


E o Natal, hein? Não sei quanto ao de vocês, mas o meu foi ó-te-mo. Comi tanto chocotone recheado e mousse de chocolate e manjar de morango e rabanada que vou ter que ficar uns oito dias só à base de chá.
A festa foi boa, muito boa. Apareceram pessoas de surpresa e isso foi o mais legal, porque é sempre bom alguém chegar assim, do nada, e animar a festa.
Meu pai também passou o Natal lá em casa. Adorei isso.
Festa, barulho, samba, crianças, presentes, abraços e beijos, comilança, família. Definitivamente, adoro o Natal.


Acho que não falei que terminei de ler "O Grande Gatsby", não, né?
Pois é terminei.
Aí, em seguida li "Os Três Mosqueteiros", do maravilhoso Alexandre Dumas. Mas, falemos do Gatsby. Achei um livro triste. Aliás, muito triste. Em resumo (odeio resumos. odeio pessoas que resumem, mas é isso, em resumo) o livro trata sobre um cara, o Gatsby, que ficou a vida inteira acalentando um sonho, vivendo para ele, evoluindo para ele, querendo ele, respirando ele e que, no fim, vê que tinha criado castelos no ar, porque tudo desmorona com um sopro, sem a menor resistência.
A mulher que para ele é uma deusa e que, teoricamente o ama, na verdade é uma mulherzinha fraca, que não se opõe de forma alguma quando o marido a impede de ficar com o Gatsby. A palavra que a define melhor é leviana. Ela não se importa com nada, a não ser ela. Acho que nem isso. Quando eu a imagino, vejo uma mulher deitada langudamente numa chaise-longue, num fim de tarde de calor, levemente suada (por causa desse calor), em meio a cortinas esvoaçantes, num ambiente meio embaçado, meio difuso, entre brumas.
Dá a impressão de ser uma bonita cena, mas não é. Demonstra a fraqueza de alguém que prefere ficar abandonada e sem ação a tomar as rédeas da própria vida.
As críticas que li mostravam bem isso. Uma geração inteira correndo para o nada, sem ambições e sem força. Só esse abandono, esse desalento.
O pobre Gatsby enfim morre. E, de todos aqueles que frequentavam a sua casa, em dias de festa, nenhum chora por ele. Nenhum vai ao enterro. Ninguém. Ele que sonhou tanto e que lutou tanto para conseguir realizar esses sonhos, conquistar pessoas, morreu só, como viveu.
Apesar de rodeado de pessoas, ele viveu só.
Pobre Gatsby.
Triste.
Muito triste.


Vocês já assistiram "Simplesmente Martha"?
E "Fale com Ela"?
E "O Filho da Noiva"?
Não?
Pois não sabem o que estão perdendo...

segunda-feira, dezembro 23, 2002


Então, a todos, um

FELIZ NATAL!

Volto na 5ª feira, para felicidade geral da Nação...


Ontem, me disseram que eu sou "muito impetuosa".
Pergunta:
Isso é bom ou ruim?

Como era de se esperar, ao fim dessa semana, eu não terei mais estágio. Por conseqüência, o meu acesso a computador será reduzidíssimo. O que nos traz um resultado imediato: o fim deste blog.
Sim, meus 2 e 1/2 leitores, este blog acabará.
Mas, não sofram!
Eventualmente, em sessões extraordinárias, eu voltarei para perturbar vocês.
Então, aproveitem essa semana, que eu ainda estou aqui.

sexta-feira, dezembro 20, 2002


Nossa, hoje eu postei tanta letra de música que estou até tonta...

E, como eu gostei da coisa, gerei uma música a la Engenheiros do Havaí, by Mundo Perfeito. Aí está:

Atrás de um peteleco

Não importa se só ponha
o que não tem importância
O Augusto Caetano já sabe
Somos um periquito sem infância
Atrás de um peteleco
Atrás de um horizonte
Depois de um trago
Eu trago um ovo
E molho a face
E moldo a boca
Você é brilhante
sua mãe é brilhante
que importa um trago

Bis

Atrás de um peteleco
Atrás de um horizonte
Para ignorar
Para sublimar
Para esvair e fazer estrago
Depois de um trago

Repita 94 vezes até ficar loiro(a) e burro(a).

O Mundo Perfeito nos brinda com mais uma invenção: O Gerador de Letras Tribalistas!
Bem, aqui vai a minha humilde contribuição:

Todo mundo no mundo

Faço Sófocles na Sinagoga sublime
Divino celenterado
Ninguém é de todo mundo no mundo

Bis

Seja em São José do Deus me livre, Moscou
Vamos o radioamador é o companheiro maior, Vamos solidão trespassa minha alma
Lagarta lúdica leave me
Vamos o radioamador é o companheiro maior, vamos solidão trespassa minha alma
Amor de primo avô, desmundo!
Girou a Terra, a terra de Ceres
Vamos o radioamador é o companheiro maior, Vamos solidão trespassa minha alma
Boneco bestial, na bola


Repita 102 vezes até você ser deportado.

Não sou doida pelo Roberto Carlos, mas admito que gostei bastante quando ele cantou essa música:

AMOR PERFEITO
(Michael Sulivan, Paulo Massadas,
Lincon Olivetti e Robson Jorge)

Fecho os olhos pra não ver passar o tempo
Sinto falta de você
Anjo bom amor perfeito no meu peito
Sem você não sei viver

Então, vem!
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver
Que eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você

Os segundos vão passando lentamente
Não tem hora pra chegar
Até quando te querendo te amando
Coração quer te encontrar

Então, vem!
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver
Que eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você
Eu não vou saber me acostumar
Sem sua mão pra me acalmar
Sem seu olhar pra entender
Sem seu carinho amor, sem você
Vem me tirar da solidão
Fazer feliz meu coração
Já não importa quem errou
O que passou passou

Os segundos vão passando lentamente
Não tem hora pra chegar
Até quando te querendo te amando
Coração quer te encontrar

Então, vem!
Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver
Que eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você
Eu não vou saber me acostumar
Sem sua mão pra me acalmar
Sem seu olhar pra entender
Sem seu carinho amor, sem você
Vem me tirar da solidão
Fazer feliz meu coração
Já não importa quem errou
O que passou passou

Então, vem!
Que nos seus braços esse amor é uma canção
Que eu não consigo te esquecer
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você

Vi esse teste no Marco,


Você é louco? por Alito

O que isso significa?
Que sou tão louca quanto ele...


Aí, o Ceub, querendo que todos os alunos se esforçassem no Provão, para que ele pudesse subir do "B" para o "A", se comprometeu a devolver o valor de uma mensalidade para quem tirasse mais de 6,0, duas, para quem tirasse mais de 7,0 e assim sucessivamente (se não me engano).
Para mim, só uma mensalidade estava de bom tamanho, visto que neste último semestre, paguei (melhor dizendo, meu pai pagou) R$ 944,00 mensais. Quase R$ 1.000,00 definitivamente salvaria o meu fim de ano.
Bem, ontem recebi o boletim do Provão. Você imagina quanto eu tirei (seria trágico se não fosse cômico)?
Não? Pois eu digo: 5,75.
5,75!!!!!!!

Ninguém merece...

quarta-feira, dezembro 18, 2002


Vocês assistiram "Pastores da Noite", no Brava Gente especial, da Globo?
Não?
Perderam uma ótima produção de textos de Jorge Amado. Foram quatro episódios, cada qual com uma história diversa, mas girando em torno dos mesmos personagens e ambientação.
Nem preciso dizer que no último, que foi ontem, eu morri de chorar, né?
A Globo deveria fazer mais coisas com essa qualidade. Esses especiais as minisséries, tipo "A Muralha", "Hilda Furacão" e "Os Maias", são sempre o que há de melhor na televisão.
Aliás, se alguém quiser me dar os DVD's das minisséries que citei acima, de presente de Natal, terá a minha gratidão eterna...


Aí, quando eu mando ir tomar no cu, as pessoas dizem que eu sou grossa.
Mas tem gente que pede, viu, Mariana?


E, hoje, é aniversário da minha mãe

PARABÉNS, MAMI!

terça-feira, dezembro 17, 2002


Hoje não quero postar.
É só.

segunda-feira, dezembro 16, 2002


Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser

Acabo de receber uma ligação aqui na AGU. Minha mãe dizendo que quem dormiu lá em casa não foi a Jackie mas o Reigãns, que é um amigo do meu irmão. Na hora que ela abriu a porta do quarto, ela viu o Reigãns mas pensou que fosse a Jackie.
Como que ela confunde a Jackie com o Reigãns é que eu não sei. É a comprovação da teoria de que nós só vemos o que queremos ver...
Um dia ela fica doida... e me bota doida também...


Eu não sou obrigada a agüentar essas coisas sem dar uma patadinha... Aí, eu solto o verbo e sou tachada de grossa. Mas veja se eu não tenho razão:

Estou bem satisfeita de ter passado na prova da OAB. Aí, estava aqui na página da ordem para ver quem mais passou, quando a Mariana, que é uma assessora aqui na AGU, vem perguntar:

Ela -- O que você está fazendo? (Nota da redatora: já errou de cara. Ela não tem nada a ver com o quê eu estou fazendo ou deixando de fazer)
Eu -- Ah, tô aqui na página da Ordem... Quero confirmar que eu passei mesmo e ver quem mais passou... (Nota: eu ainda estava de bom-humor)
Ela -- Ahn, a prova já foi? Não sabia...
Eu -- É, foi ontem. E ontem mesmo saiu o resultado. Graças à Deusa, passei..(ainda sorrindo)
Ela -- E você escolheu o quê?
Eu -- Penal. É a minha área, né? É o que eu mais gosto...
Ela (com uma cara de desdém que começou ame irritar) -- Iiiiiih, cuidado! Penal tá reprovando muito...
Eu -- Como?
Ela -- É, Penal está reprovando muito. Eu, por exemplo, não fiz penal...
Nesse momento, apesar da minha irritação iminente, ou até mesmo por causa dela, eu fui beeeeeeeem irônica:
Eu -- É meeeeesmo. Nooooooossa... Mas, sabe o que acontece, fofa?
Ela -- Ehr, ahn... não..
Eu -- Eu não vou reprovar. E sabe por quê?
Ela -- É... não...
Eu -- Porque eu não quero. Só por isso.

É claro que depois disso o papo acabou e ela ficou com cara de paisagem enquanto eu estampava um belo e inocente sorriso...
Vaca.

Depois dizem que sou grossa. As pessoas pedem prá levar patada mesmo, viu?!?


E, como depois da bonança vem a tempestade, sabe quem dormiu lá em casa de ontem para hoje?
Jackeline.
É, vamos começar tuuuuuuuudo de novo. Saco.

Ninguém merece.


Então, passei na 1ª fase da prova da Ordem. Eu estava morrendo de medo de não passar porque, muito embora não seja uma obrigação, é algo meio que esperado lá em casa, especialmente pelo meu pai. Tipo, todos os filhos de amigos e parentes e conhecidos passaram de primeira na prova da OAB, como que eu não passaria?
Mas, enfim, passei.
Agorá, é estudar para a 2ª fase em fevereiro.

sexta-feira, dezembro 13, 2002


Tô precisando de um tempo para mim, só para mim.
Agora, tudo que eu queria era uma ilha deserta.


Legal! O Ceub subiu de "B" para "A", no (nosso) provão do MEC.
Agora é a única faculdade particular nota "A" em Direito de Brasília.
Acho que em comemoração a isso eles deveriam devolver as mensalidades do último semestre a todos os formandos...

quinta-feira, dezembro 12, 2002


Tinha postado um diálogo reacionário que tive com uma estagiária sexista que é a perolazinha-do-papai aqui da AGU, mas o maldito blogger apagou. Não vou postar de novo, não...

Life, babe, this is life...
I understand when you say that it's too cruel, but
Even like this
Even cruel
This is still life...

quarta-feira, dezembro 11, 2002


E eu, como a mulher-de-fases-mais-complicada-que-conheço que sou, estou de bom humor. Após a melancolia de ontem, veio a histeria de hoje...
Mas tudo se explica: a chuva passou...


Agora é só esperar... e agradecer.
Promessas, promessas, maçã, mel, promessas...

terça-feira, dezembro 10, 2002

Não faça isso. Não diga que me adora e não diga que eu sou linda. Não diga que me ama e também não demonstre isso. Não me acalente quando eu chorar e não vibre com a minha alegria. Não me ligue, não se preocupe com o quê eu comi ou se eu dormi bem. Não brigue comigo quando perceber que eu estou me fazendo mal e não escute minhas lamentações. Não passe noites em claro, rindo comigo e não divague sobre a vida, prazeres e religião. Não cante, não dance, não me acompanhe em minhas loucuras. Aliás, não queira saber de minhas loucuras ou dos meus segredos. Não me elogie de coração, não compartilhe, não divida, não queira me dar nada. Não me telefone só para dizer oi ou dizer que lembrou de mim. Não se comova quando eu me comovo. Não me chame para ir ao cinema. Não pense em mim e não me deixe saber que você pensa em mim. Não saiba o que vai dentro de mim. Não torça por mim, não brigue por mim, não fique feliz com a minha vitória. Não considere a minha opinião antes da dos outros. Não espere para ver o que eu acho antes de tomar alguma atitude. Não me torne uma pessoa mais feliz quando na sua presença.
Sabe por quê?
Porque senão você vai ter que me aturar eternamente. Devotada, apaixonada, viciada. Sempre vou querer saber de você. E ver você. E ter você. Sempre vou querer estar ao seu lado e também vou te querer ao meu lado, me acompanhando, andando comigo, falando comigo, rindo comigo, chorando comigo, respirando comigo. Tudo compassado, tudo junto, junto, junto. E eu te acompanhando, andando com você, falando com você, rindo com você, chorando com você, respirando com você. Tudo compassado, tudo junto, junto, junto. Vou te querer amarrado a mim, atado, grudado, vivendo comigo. Todas as partes do seu corpo encostadas em mim. A sua mão sempre na minha. O seu abraço sempre com o meu abraço. E vou querer devorar sua alma. Desbravar seus segredos. Saber tudo de você. Todos os seus medos, todas as suas vontades, todos os seus recantos mais secretos. Vou sugar sua energia porque vou querê-la em mim. Tudo aquilo que você julga encantado ou ridículo em você, eu vou querer saber e compartilhar. Eu vou querer dançar quando você dançar e rir quando você rir. E eu vou te dar toda a responsabilidade de ser o dono da minha alma e do meu coração. Eu vou te pertencer. E vou te defender, mesmo quando você não quiser ser defendido. E vou brigar por você. E vou lutar por você. E vou matar por você. E, à sua volta, farei um muro para que nenhum mal te alcance. E vou preferir que doa em mim do que em você. E só vou querer ser feliz se você também for feliz. Senão eu não quero. E, mesmo se você se for, só a ciência de que você está bem já vai me deixar em paz. E o mundo só fará sentido enquanto você estiver nele. Mesmo se for longe de mim. Porque, se você estiver perto, eu vou te sufocar. E eu vou saber que estou te sufocando mas não vou conseguir parar. Porque eu sempre vou querer mais de você em mim...

Melancolia, melancolia... Melancolia me persegue...


Brasília está chovendo torrencialmente. Eu também.


Aliás, absolutamente gay, completamente inconstante: praticamente uma bicha tresloucada.


É, eu sou inconstante assim mesmo.


Vamos Fugir
Gilberto Gil/Liminha

vamos fugir
desse lugar, baby
vamos fugir
tô cansado de esperar
que você me carregue
vamos fugir
pra outro lugar, baby
vamos fugir
pra onde quer que você vá
que você me carregue

mas diga que irá
irajá, irajá
pra onde o sol beijar você
você beijar o sol
marajó, marajó
qualquer outro lugar comum
outro lugar qualquer
guaporé, guaporé
qualquer outro lugar ao sol
outro lugar ao sul
céu azul, céu azul
onde haja só
meu corpo nu junto ao seu corpo nu

vamos fugir
prá outro lugar, baby
vamos fugir
prá onde haja um tobogã
onde a gente escorregue
todo dia de manhã
flores que a gente regue
uma banda de maçã
outra banda de reggae
tô cansado de esperar
que você me carregue


Essa música, hoje, retrata toda a minha alma...

Aaaaahhhh.......
As coisas finalmente começam a se ajeitar... Obrigada, meu Jorge da Capadócia!
.
.
.
.
.
.
Espero não estar agradecendo cedo demais...

segunda-feira, dezembro 09, 2002


Eu quero um caderno de pelúcia cor-de-rosa... (é, eu sou gay desse tanto)


Tá, eu admito que não foi tão difícil assim lá na Caixa Ecônomica. Melhor, não foi nada difícil. Nem tive que brigar, olha só...
Aliás, fui muito bem atendida por uma funcionária, chamada Joana, que apesar de levar uns 30 minutos para resolver meu problema, foi muito delicada e se empenhou bastante para me ajudar. Acho que vou fazer um elogio formal ao chefe dela. Já trabalhei com público e sei que é bom quando os chefes recebm elogios dos clientes ao nosso respeito.
Aí, pude fazer o concurso em paz...
E como foi a prova?
...
..
.
Nem queira saber...


Recebi, hoje, por email, atribuída ao Vinícius de Moraes. E gostei tanto que vou postar aqui:

Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o
amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que
tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus
amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não
posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem
noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em
síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando
daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus
amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão
saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

sexta-feira, dezembro 06, 2002


Agora, sim. Hora de morfar...


Diálogo entre pai e filha - parte II

Ele: -- Que que você tem?
Eu (gemendo e morrendo de dor): -- Cólica...
Ele: Vai malhar que passa.
Eu: Pai, eu não estou nem conseguindo andar. Quem dirá, ir malhar... Tá doido?!?
Ele: Passa, sim. Exercícios fazem a cólica passar...
Eu (com dor e sem paciência): -- Pai, você já teve cólica?
Ele: -- Já.
Eu: -- Uterina?
Ele: -- Bem... não, mas...
Eu: -- Você tem útero?
Ele: -- Não, mas eu sei que...
Eu: -- Então, já que você não tem útero, nem desconfia de como seria uma cólica uterina, não queira adivinhar a solução pros problemas de relacionamento entre eu e meu útero, certo?
Ele: -- ahn... certo.

Só posso concluir uma coisa: Ninguém merece

Diálogo entre pai e filha- parte I

Tava lembrando de um diálogo que travei com meu papi, há uns tempos atrás:

Papi: -- Que que você tem? Tá tão irritada...
Eu: -- TPM (grunhindo, irritadíssima).
Ele: -- Mas, esses dias, você estava tão alegre...
Eu: -- Eu estava ovulando, pai.
Ele: ...
Eu (após um suspiro que queria dizer um "ai, que saco"): -- Pai, é assim: quando eu estou ovulando, eu fico feliz, alegre, entusiasmada, achando que posso mudar o mundo em um dia. Na TPM, como você já reparou, eu fico muito, muito irritada. E quando estou menstruada, fico meio depressiva.
Ele: -- E quando você está normal?
Eu: ... (após longa pausa de reflexão) Pois é, não sei. Boa pergunta...


É, vamos lá. Hora de morfar...


Vou ter que ir à Caixa Econômica. Saco. Eles tinham que ter mandado o comprovante de pagamento da inscrição do concurso que eu vou fazer AMANHÃ e não mandaram.
O Cespe falou que não pode fazer nada e que quem tem que resolver isso é a Caixa. Inferno.
Não queria ter que brigar hoje mas tô vendo que não vai ter jeito.
Maldição, maldição, maldição da múmia.

Joguinho: Salve o bebê do Michael Jackson

quinta-feira, dezembro 05, 2002

Como agora não tenho mais aulas, já que sou uma mulher pseudo-formada em Direito, ontem fiquei assistindo "Esperança" (a novela, é claro), e para minha surpresa, identifiquei um erro de produção da Globo. Para minha surpresa porque a Globo é notoriamente conhecida como cuidadosa em suas produções, especialmente quando são de época ou quando envolvem outras culturas, que não a brasileira.
Enfim, eu estava assistindo e passou o Natal no cortiço, o lugar em que existe uma colônia italiana (tipo uma pré-Mooca). E, nessa festa de Natal, apareceu um Papai Noel e um outro cara com o chapéu de Papai Noel, como se isso fosse tão usual àquela época como é atualmente.
Primeiro, o óbvio: naquela época dificilmente as pessoas teriam condições e interesse em se fantasiar de Papai Noel. Esse tipo de coisa é normal a partir da minha geração (e eu tenho 22 anos). A minha mãe (que, na época da novela, ainda não era nascida) vive dizendo que esse negócio de presente e Papai Noel é coisa nova e que, na época dela, isso não existia.
Em segundo lugar, na cultura italiana não existia Papai Noel. O que existia era uma bruxinha ou fada chamada Befana, que dava doces para as crianças em Dia de Reis. Então, se aquilo é uma colônia italiana, não podia existir Papai Noel, porque os italianos nem sabiam o que era isso.
E, em terceiro e último lugar, o Papai Noel da forma que nós conhecemos só passou a existir em 1931, quando a Coca-cola (sim, ela mesma) contratou o artista Haddon Sudblom para fazer uma figura totalmente humana do Papai Noel. Não é à toa que o Papai Noel atual tem a roupa vermelha e branca (cores da Coca-cola).
Antes disso, o Papai Noel era representado de diversas formas nas diversas culturas: um velhinho, um guerreiro, um gnomo ou duende, um bruxo ou um anjo. Dependia de cada país. A unificação dessa imagem natalina só veio com a representação dada pela Coca-cola ao bom velhinho.
E, até onde eu sei, na época em que se passa a novela, a Coca-cola ainda não existia, ou não estava tão disseminada no Brasil, o que impossibilita que as pessoas façam a ligação entre Papai Noel e aquele velhinho barbudo de vermelho.
Então, é isso. Acho que vou mandar um email para a Globo falando tudo isso. Ou não. Não sei ainda.

Vou mandar coisa nenhuma. Tá decidido.


Minha memória está horrível. Tô esquecendo de tudo, tudo, tudinho. Se brincar, não sei nem o meu nome.
Alguém tem uma caixinha de fósforos aí, para me dar?

quarta-feira, dezembro 04, 2002


É, hoje é o dia dos testes. Aqui vai mais um:

Rose%20McGowan
What sexy girl are you

brought to you by Quizilla


Outro teste legal:

bombshell
Which female sex symbol are you?

brought to you by Quizilla

Esse teste eu não podia deixar de colocar aqui: I am the Glamour Queen

You%20are%20the%20Glamour%20Queen
Which pin up are you?

brought to you by Quizilla


Ô, meudeus, eu tenho que terminar essa Nota Interna 142... Mas é tããããããão grande e eu estou tããããããão sem vontade...


Aliás, falando em elevadores, deixe-me contar um fato estranho.
Não tenho medo de elevadores. Nunca tive. Sempre morei em prédios, então elevadores fazem parte da minha vida. Nos últimos, sei lá, 15, 16 anos, moro no 6º andar de um edifício, então elevadores REALMENTE fazem parte da minha vida, já que não sou nenhuma empolgada ao ponto de subir até a minha casa pelas escadas. Quando, porventura, falta luz, é um suplício. Escalar pela escada, no escuro, até chegar em casa é praticamente um parto.
No entanto, nos meus sonhos, eu tenho medo de elevador. Sempre. Aliás, medo, não. Pânico. Pavor.
Não sei porquê. Que eu me lembre, não tenho nenhum trauma infantil em que elevadores estejam envolvidos. Mas é recorrente eu sonhar que estou em um elevador com defeito. Ou ele desce rápido demais, ao ponto de eu descolar do chão, ou ele sobe muito rápido, para logo depois descer, também muito rápido, e eu tenho que me segurar para não perder o equilíbrio, ou ele pára em meio à parede, e eu não tenho como sair.
As possibilidades são infinitas e só têm uma coisa em comum: eu invariavelmente estou apavorada.
Assim que eu acordo, ainda fica um pouco da angústia do sonho, mas depois passa.
Eu queria entender o porquê disso.
No dia em que eu tiver dinheiro para fazer análise, acho que essa vai ser uma das primeiras coisas que o analista vai ter que me explicar.


Agora que eu vi que o post anterior foi o primeiro em que eu usei o termo "c'est la vie". Curioso, porque é uma expressão que eu uso muito e que, por isso, virou um pseudo-título para este blog...
.
.
.
.
.
Estou com calor...


Eu gosto de observar pessoas. Especialmente como elas se portam quando na presença de outras pessoas, de forma forçosa. No elevador, por exemplo.
É curioso como as pessoas se sentem desconfortáveis por serem obrigadas a compartilhar aquele pequeno espaço com desconhecidos. Via de regra, olham para baixo. Ou para o marcador de andares.
Eu não. Eu olho bem para todos que estão ali. Me nego a ficar olhando para os meus pés, como um obediente servo. Olho para o rosto de todos, muito embora ninguém retribua meu olhar.
Não entendo qual o grande constrangimento em ficar menos de 5 minutos num lugar com um estranho. Mesmo que tenha que ser num espaço absolutamente diminuto como um elevador. Para mim é algo tão normal quanto ter que ficar numa fila, também com estranhos ou ir a um restaurante, onde estarei cercada por estranhos. C'est la vie.
Mas as pessoas não vêem da mesma forma. Se constragem, se retraem, como se alguém ali dentro estivesse na iminência de lhes causar algum mal. Ou como se todos os outros fossem seres sujos ou doentes, nos quais não se pudesse encostar.
Vai entender. acaba que eu saio do elevador rindo do contentamento demonstrado por todos ao poder deixar aquela situação tããããão embaraçosa e voltar para suas corridas vidinhas medíocres.


Se eu disser que ainda não terminei de ler "O Grande Gatsby", vocês acreditam?


Para quem conheceu o Tio Joá

Diz se o refrão dessa música dos Tribalistas (Já sei namorar) não é a cara dele?!?

"Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
E todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo
E todo mundo é meu também"


Teste antigo:




Quem é você na Malhação? Director's Cut


Esse calor me impede de pensar... Não estou nem trabalhando, só navegando na Internet. Céus.


Que calor é esse, meudeus?

segunda-feira, dezembro 02, 2002


I WAS A HAPPY CHILD
lucky you. you were what every child should be.
carefree. optimistic. and happy.
what kind of child were you?
(brought you by april)


Tá todo bundo reclabando de um cheiro ruim aqui da AGU e eu dão estou sentindo. Acho que estou ficando buito gribada...


E aí, esse fim de semana foi basicamente churrasquinho da turma no sábado (que foi bem legal) e dia de fazer a diferença, domingo (que, apesar dos percalços e dos gritos que eu tive que dar com a gerente do Cinemark do Píer 21, também foi bem legal).
Cansada, eu? Que é isso?
Pensando bem, cansada, sim. Mas, bem mais leve...