Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

segunda-feira, julho 29, 2002



Hoje estou muito irritada. Mesmo. Meu pai conseguiu me tirar do sério fazendo algo que ele sempre faz e que ele sabe que não deveria fazer. Pelo menos, não comigo.
Sabe, sou uma pessoa relativamente fácil de se conviver. Tenho opniões firmes e, normalmente, gosto de estar certa mas sou passível de aceitar a opinião alheia e tenho tendido a evitar discussões que não levam a nada. No entanto, admito que meu humor varia de acordo com o que as pessoas fazem comigo ou me obrigam a fazer. Uma das coisas que altera meu humor é a forma como eu acordo.
Gosto de dormir, isso é um fato. E me programo, antecipadamente, para isso, tipo, na noite anterior já vejo até que horas posso dormir e coloco um despertador, mesmo que seja para acordar ao meio-dia.
Meu humor, ao acordar, não é dos melhores então prefiro que me ignorem pelos primeiros dez minutos, de forma que eu possa acordar "direito", como eu costumo dizer. Depois dessa fase pós-sono, já sou uma pessoa normal novamente e estou pronta para qualquer coisa.
Mas, então, o que meu pai fez para me irritar tanto? Simples: tem três dias que ele me liga às 8:45 hs para inventar algo para eu fazer com ele. Sábado, era prá trocar o óleo do carro. Domingo, porque ele queria saber não lembro mais o que era (quando estou com muito sono, não registro o que me é falado) e hoje, para trocar a pastilha de freio do carro (coisa que nós tínhamos combinado de fazer amanhã).
Então, ontem à noite, como dormi pouco no fim de semana e como minhas aulas começam hoje, resolvi que dormiria até umas 11:00 hs. O que que meu pai faz? Me liga às 8:45 porque ele resolveu que era melhor trocar o raio das pastilhas de freio hoje, e não amanhã. Ódio. Ódio mortal.
Quer saber, não faça esse tipo de coisa comigo. Se você quiser que eu vá catar coquinhos com você, às 4:30 da manhã, eu vou. É só me avisar no dia anterior para eu poder processar a idéia de que vou ter que acordar cedo para esse programa de índio. Eu vou numa boa, aliás, com direito a bom-humor e tudo mais. Mas nunca, never, ever, jamais dans la vie, me acorde de repente dizendo que eu tenho que fazer algo, que eu não sabia que ia ter que fazer, naquele exato momento. Isso me irrita mais do que tudo e, se eu puder, eu vou comer o seu fígado. O mau-humor domina e, exceto que algo muito legal aconteça, de mau-humor ficarei pelo resto do dia....
É desse jeito que eu estou hoje. Hunf!