Como agora não tenho mais aulas, já que sou uma mulher pseudo-formada em Direito, ontem fiquei assistindo "Esperança" (a novela, é claro), e para minha surpresa, identifiquei um erro de produção da Globo. Para minha surpresa porque a Globo é notoriamente conhecida como cuidadosa em suas produções, especialmente quando são de época ou quando envolvem outras culturas, que não a brasileira.
Enfim, eu estava assistindo e passou o Natal no cortiço, o lugar em que existe uma colônia italiana (tipo uma pré-Mooca). E, nessa festa de Natal, apareceu um Papai Noel e um outro cara com o chapéu de Papai Noel, como se isso fosse tão usual àquela época como é atualmente.
Primeiro, o óbvio: naquela época dificilmente as pessoas teriam condições e interesse em se fantasiar de Papai Noel. Esse tipo de coisa é normal a partir da minha geração (e eu tenho 22 anos). A minha mãe (que, na época da novela, ainda não era nascida) vive dizendo que esse negócio de presente e Papai Noel é coisa nova e que, na época dela, isso não existia.
Em segundo lugar, na cultura italiana não existia Papai Noel. O que existia era uma bruxinha ou fada chamada Befana, que dava doces para as crianças em Dia de Reis. Então, se aquilo é uma colônia italiana, não podia existir Papai Noel, porque os italianos nem sabiam o que era isso.
E, em terceiro e último lugar, o Papai Noel da forma que nós conhecemos só passou a existir em 1931, quando a Coca-cola (sim, ela mesma) contratou o artista Haddon Sudblom para fazer uma figura totalmente humana do Papai Noel. Não é à toa que o Papai Noel atual tem a roupa vermelha e branca (cores da Coca-cola).
Antes disso, o Papai Noel era representado de diversas formas nas diversas culturas: um velhinho, um guerreiro, um gnomo ou duende, um bruxo ou um anjo. Dependia de cada país. A unificação dessa imagem natalina só veio com a representação dada pela Coca-cola ao bom velhinho.
E, até onde eu sei, na época em que se passa a novela, a Coca-cola ainda não existia, ou não estava tão disseminada no Brasil, o que impossibilita que as pessoas façam a ligação entre Papai Noel e aquele velhinho barbudo de vermelho.
Então, é isso. Acho que vou mandar um email para a Globo falando tudo isso. Ou não. Não sei ainda.
Vou mandar coisa nenhuma. Tá decidido.
Enfim, eu estava assistindo e passou o Natal no cortiço, o lugar em que existe uma colônia italiana (tipo uma pré-Mooca). E, nessa festa de Natal, apareceu um Papai Noel e um outro cara com o chapéu de Papai Noel, como se isso fosse tão usual àquela época como é atualmente.
Primeiro, o óbvio: naquela época dificilmente as pessoas teriam condições e interesse em se fantasiar de Papai Noel. Esse tipo de coisa é normal a partir da minha geração (e eu tenho 22 anos). A minha mãe (que, na época da novela, ainda não era nascida) vive dizendo que esse negócio de presente e Papai Noel é coisa nova e que, na época dela, isso não existia.
Em segundo lugar, na cultura italiana não existia Papai Noel. O que existia era uma bruxinha ou fada chamada Befana, que dava doces para as crianças em Dia de Reis. Então, se aquilo é uma colônia italiana, não podia existir Papai Noel, porque os italianos nem sabiam o que era isso.
E, em terceiro e último lugar, o Papai Noel da forma que nós conhecemos só passou a existir em 1931, quando a Coca-cola (sim, ela mesma) contratou o artista Haddon Sudblom para fazer uma figura totalmente humana do Papai Noel. Não é à toa que o Papai Noel atual tem a roupa vermelha e branca (cores da Coca-cola).
Antes disso, o Papai Noel era representado de diversas formas nas diversas culturas: um velhinho, um guerreiro, um gnomo ou duende, um bruxo ou um anjo. Dependia de cada país. A unificação dessa imagem natalina só veio com a representação dada pela Coca-cola ao bom velhinho.
E, até onde eu sei, na época em que se passa a novela, a Coca-cola ainda não existia, ou não estava tão disseminada no Brasil, o que impossibilita que as pessoas façam a ligação entre Papai Noel e aquele velhinho barbudo de vermelho.
Então, é isso. Acho que vou mandar um email para a Globo falando tudo isso. Ou não. Não sei ainda.
Vou mandar coisa nenhuma. Tá decidido.
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