Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

segunda-feira, dezembro 16, 2002


Eu não sou obrigada a agüentar essas coisas sem dar uma patadinha... Aí, eu solto o verbo e sou tachada de grossa. Mas veja se eu não tenho razão:

Estou bem satisfeita de ter passado na prova da OAB. Aí, estava aqui na página da ordem para ver quem mais passou, quando a Mariana, que é uma assessora aqui na AGU, vem perguntar:

Ela -- O que você está fazendo? (Nota da redatora: já errou de cara. Ela não tem nada a ver com o quê eu estou fazendo ou deixando de fazer)
Eu -- Ah, tô aqui na página da Ordem... Quero confirmar que eu passei mesmo e ver quem mais passou... (Nota: eu ainda estava de bom-humor)
Ela -- Ahn, a prova já foi? Não sabia...
Eu -- É, foi ontem. E ontem mesmo saiu o resultado. Graças à Deusa, passei..(ainda sorrindo)
Ela -- E você escolheu o quê?
Eu -- Penal. É a minha área, né? É o que eu mais gosto...
Ela (com uma cara de desdém que começou ame irritar) -- Iiiiiih, cuidado! Penal tá reprovando muito...
Eu -- Como?
Ela -- É, Penal está reprovando muito. Eu, por exemplo, não fiz penal...
Nesse momento, apesar da minha irritação iminente, ou até mesmo por causa dela, eu fui beeeeeeeem irônica:
Eu -- É meeeeesmo. Nooooooossa... Mas, sabe o que acontece, fofa?
Ela -- Ehr, ahn... não..
Eu -- Eu não vou reprovar. E sabe por quê?
Ela -- É... não...
Eu -- Porque eu não quero. Só por isso.

É claro que depois disso o papo acabou e ela ficou com cara de paisagem enquanto eu estampava um belo e inocente sorriso...
Vaca.

Depois dizem que sou grossa. As pessoas pedem prá levar patada mesmo, viu?!?