Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

quarta-feira, dezembro 10, 2003

Dove sono i ladroni?

Dai, para fazer hora, enquanto a chuva nao diminuia um pouco (e porque meu guarda-chuva-psicotico nao funcionava), entrei numa livraria. Traca de livro e assim mesmo: entra em livraria ate de pais cuja lingua nao domina.
Acabei lembrando que meu professor havia recomendado "Il Barone Rampante", do Calvino, e fui procurar. Deixei minha sombrinha-molhada-gelada-quebrada na entrada (aqui todo mundo faz isso, especialmente em livrarias), e, bem, entrei. Fuca que fuca, achei o ultimo exemplar, por 7, 40 euros. Convenhamos que nao e um preco assim tao alto. Alem do mais, e um Calvino. E, admito, nunca li nada do Sr. Italo.
Com o livro comprado, quase saindo da livraria, lembrei do maldito guarda-chuva-rebelde. Quando fui busca-lo, cade? Roubaram o guarda-chuva. A chuva ja tinha acabado, entao pude sair sem me molhar. Mas nao pude evitar de soltar um "Bem feito!", bem alto e em portugues. Quando o ladrao precisar do meu guarda-chuva, em meio a aguas torrenciais, ele nao vai abrir. Hahahaha...