O novo sempre vem
O engraçado é que essa já foi uma música que fez sentido para mim. A frase acima não é o nome original, dado pelo compositor, mas é o nome que, hoje, podendo escolher, eu daria a essa música (muito embora, o título real tenha sido, por longo tempo, o melhor -- e único possível -- para mim).
Essa música é daquelas que eu cantava e me perguntava como que ela não fazia parte da vida dos outros também. Que eu achava que tinha sido feita para mim e cujas frases nada mais eram do que berros da minha alma. Mas, isso passou, outras fases vieram na vida e, como ondas, outras músicas suplantaram essa dentro de mim. Das músicas antigas, sempre fica só a impressão carinhosa de que, por um período de tempo, a qualquer um que quisesse me conhecer, bastava escutá-las.
Daí, quando eu pensava que "Como Nossos Pais" não tinha mais nada a ver comigo, de estalo, resolvi cantá-la. E mais uma vez, num contexto absolutamente diferente do anterior, ela volta a fazer todo o sentido, em pedaços que, antes, eram só o complemento do todo.
Não quero lhe falar meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como vivi e tudo
Que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar,
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo que eu vi você na rua, cabelo ao vento,
gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança
é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos
feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu 'tô por fora, ou então que eu 'tô inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu
a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
O engraçado é que essa já foi uma música que fez sentido para mim. A frase acima não é o nome original, dado pelo compositor, mas é o nome que, hoje, podendo escolher, eu daria a essa música (muito embora, o título real tenha sido, por longo tempo, o melhor -- e único possível -- para mim).
Essa música é daquelas que eu cantava e me perguntava como que ela não fazia parte da vida dos outros também. Que eu achava que tinha sido feita para mim e cujas frases nada mais eram do que berros da minha alma. Mas, isso passou, outras fases vieram na vida e, como ondas, outras músicas suplantaram essa dentro de mim. Das músicas antigas, sempre fica só a impressão carinhosa de que, por um período de tempo, a qualquer um que quisesse me conhecer, bastava escutá-las.
Daí, quando eu pensava que "Como Nossos Pais" não tinha mais nada a ver comigo, de estalo, resolvi cantá-la. E mais uma vez, num contexto absolutamente diferente do anterior, ela volta a fazer todo o sentido, em pedaços que, antes, eram só o complemento do todo.
Não quero lhe falar meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como vivi e tudo
Que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar,
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo que eu vi você na rua, cabelo ao vento,
gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança
é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos
feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu 'tô por fora, ou então que eu 'tô inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu
a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
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