Ah, sempre o preconceito
Ontem, tive uma discussão (discussão e não briga), quando estava à mesa com minha mãe, meu irmão e meu primo. Falava sobre o show do Edson Cordeiro, cujo público é basicamente de mulheres hetero e pessoas GLS (de ambos os sexos). Meu irmão perguntou como tinha sido e eu contei que tinha um backvocal, Carlos, que era uma coisa e que foi uma gritaria quando ele tirou a blusa (aliás, tirou não, rasgou). Papo vai, papo vem, meu irmão vem com aquele batido clichê (redundância) de "não tenho preconceitos em relação a gays, mas prefiro que não fiquem perto de mim". A minha mãe disse mais ou menos o mesmo e meu primo concordou. Claro que eu me inflamei, porque acho um absurdo esse tipo de pensamento, e falei, falei, falei até que eles reconheceram o próprio preconceito imbecil (muito embora, ainda considerem que seus pensamentos são os certos).
Aí, agora há pouco, na casa do meu pai, travei discussão acerca do mesmo tema. E ele também nutre preconceito.
Nem discuti muito. Sei que é o tipo de discussão que só vale a pena quando os pontos de vista se parecem. Quando são diametralmente opostos, como são o meu em relação ao do meu pai, mãe, irmão e primo, não adianta nada. Não adianta querer que a pessoa mude a sua opinião neste sentido porque dificilmente isso acontecerá. Quem pensa assim, acho eu, pensará sempre. O que eu posso fazer para diminuir a incidência de pessoas com tal preconceito na sociedade é educar meus futuros filhos para que eles não mantenham qualquer tipo de preconceito que possa ensejar discriminação. E é assim que vai ser. Meus filhos não vão ter qualquer tipo de preconceito. Pelo menos, não se eu puder evitar.
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