Às vezes, fico considerando o porquê da minha megalomania. Eu sou megalômana, isso é fato. Tenho mania de querer controlar tudo, de querer abraçar o mundo com as pernas, de querer me meter na vida alheia...
E, sabe o que é pior? Eu faço as coisas de tal forma, que consigo que as pessoas pensem que precisam REALMENTE de mim. Que dependem de mim. Que, se eu não estiver por perto, elas derretem e viram uma poça de plasma.
E sabe o que é pior ainda? Eu faço tudo isso sem querer. Quer dizer, sem querer conscientemente, porque inconscientemente eu devo querer ser essa tirana absolutista no que se refere ao sentimento alheio.
Na verdade, não só ao sentimento. A tudo. Por exemplo, quando estamos assistindo TV em casa, eu fico com o controle remoto. Pode parecer uma coisa normal, mas não é. Alguém liga a TV e pega o controle. Quando eu vejo, o controle já está na minha mão. Eu não sei nem como eu faço isso, mas eu faço. E ninguém questiona. É como se fosse a coisa mais normal do mundo só eu ter o direito de ficar com o controle.
É a mesma coisa quando um amigo está segurando algo, sei lá, um chaveiro, por exemplo. Lá está a pessoa brincando com o chaveiro. Quando eu me dou conta, quem está brincando com o chaveiro sou eu, e a pessoa nem percebeu.
Eu só notei que sou assim há muito pouco tempo. Acho que porque eu estou trabalhando em mim essa mania de querer comandar. Tenho me controlado, tenho tentado me meter menos e, ultimamente, só tenho expressado minha opinião quando questionada expressamente. E tenho tentado parar de querer atrair tudo para o meu redor, de querer que tudo e todos fiquem orbitando em torno de mim...
E o que é engraçado é que as pessoas percebem que eu estou "me afastando" (o termo não é bem esse) e reclamam. Reclamam porque eu estou me tornando ausente nas suas vidas. Pessoas, eu não estou sendo ausente. Só estou tentando deixar que vocês tomem atitudes e decisões sem a minha interferência. Se isso é complicado para vocês, imaginem para mim ?!?
Muita gente fala que eu ajo assim porque quero ser mãe de todo mundo. Eu sempre acabo sendo tida como a mãezona de todos que me cercam, a que cuida, a que se preocupa... E, no fim, isso me estressa porque eu acabo me preocupando mais com os problemas alheios do que com os meus próprios, procurando soluções para coisas que não têm absolutamente nada a ver comigo.
Parece loucura? E é. Eu tomo tudo como se fosse pessoal e sofro junto. Sofro não como a amiga que está acompanhando mas como a própria dona do problema.
É isso que estou trabalhando em mim. Estou tentando me desvencilhar das agruras alheias para passar a compartilhá-las, e não vivê-las.
E prometo que, nesse processo, vou tentar deixar que outras pessoas segurem o controle remoto também. Só que isso vai ser um pouco mais difícil.
E, sabe o que é pior? Eu faço as coisas de tal forma, que consigo que as pessoas pensem que precisam REALMENTE de mim. Que dependem de mim. Que, se eu não estiver por perto, elas derretem e viram uma poça de plasma.
E sabe o que é pior ainda? Eu faço tudo isso sem querer. Quer dizer, sem querer conscientemente, porque inconscientemente eu devo querer ser essa tirana absolutista no que se refere ao sentimento alheio.
Na verdade, não só ao sentimento. A tudo. Por exemplo, quando estamos assistindo TV em casa, eu fico com o controle remoto. Pode parecer uma coisa normal, mas não é. Alguém liga a TV e pega o controle. Quando eu vejo, o controle já está na minha mão. Eu não sei nem como eu faço isso, mas eu faço. E ninguém questiona. É como se fosse a coisa mais normal do mundo só eu ter o direito de ficar com o controle.
É a mesma coisa quando um amigo está segurando algo, sei lá, um chaveiro, por exemplo. Lá está a pessoa brincando com o chaveiro. Quando eu me dou conta, quem está brincando com o chaveiro sou eu, e a pessoa nem percebeu.
Eu só notei que sou assim há muito pouco tempo. Acho que porque eu estou trabalhando em mim essa mania de querer comandar. Tenho me controlado, tenho tentado me meter menos e, ultimamente, só tenho expressado minha opinião quando questionada expressamente. E tenho tentado parar de querer atrair tudo para o meu redor, de querer que tudo e todos fiquem orbitando em torno de mim...
E o que é engraçado é que as pessoas percebem que eu estou "me afastando" (o termo não é bem esse) e reclamam. Reclamam porque eu estou me tornando ausente nas suas vidas. Pessoas, eu não estou sendo ausente. Só estou tentando deixar que vocês tomem atitudes e decisões sem a minha interferência. Se isso é complicado para vocês, imaginem para mim ?!?
Muita gente fala que eu ajo assim porque quero ser mãe de todo mundo. Eu sempre acabo sendo tida como a mãezona de todos que me cercam, a que cuida, a que se preocupa... E, no fim, isso me estressa porque eu acabo me preocupando mais com os problemas alheios do que com os meus próprios, procurando soluções para coisas que não têm absolutamente nada a ver comigo.
Parece loucura? E é. Eu tomo tudo como se fosse pessoal e sofro junto. Sofro não como a amiga que está acompanhando mas como a própria dona do problema.
É isso que estou trabalhando em mim. Estou tentando me desvencilhar das agruras alheias para passar a compartilhá-las, e não vivê-las.
E prometo que, nesse processo, vou tentar deixar que outras pessoas segurem o controle remoto também. Só que isso vai ser um pouco mais difícil.
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