Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

sexta-feira, novembro 29, 2002


Tá, vou parar de pstar letras de músicas. Vou contar, então uma historinha: 4ª feira foi meu último dia de atividade acadêmica, vulgo, aula (na verdade, prova) no Ceub. É claro que a gente fez uma festa com direito a estouro de champagne, música e apitaço, no meio do estacionamento do bloco 3, que é o prédio do Direito. Depois ainda saímos e eu acabei chegando em casa às 5 da matina, o que torna óbvio o fato de eu não ter conseguido acordar ontem, e ter vindo trabalhar. Foi tudo muito legal, mas definitivamente a melhor parte foi a comemoração ainda no Ceub. Foi MARAVILHOSA!
Ainda não me acostumei que não voltarei nunca mais para essa turma com quem eu dividi 5 anos. É uma situação muito surreal para mim. Sabe, relógios escorrendo em pântanos... Eu estou formada e ainda não me conscientizei disso.
No início desse ano, eu tinha medo. Quando pensava que ia me formar, tremia. Tinha medo de me formar sem saber o suficiente. Agora, não. Até acho que ainda tenho que estudar muito, mas a formatura não me apavora mais. Aliás, pensando por outro lado, estou dando graçasadeus por não ter mais que ir ao Ceub ter aula. Nunca mais.
É meio como uma relação de amor e ódio. Benzadeus não vou mais ter aula, mas que vou sentir falta.
Não como eu senti do 2º grau, eu sei. Porque quando eu me formei e saí do Sigma, eu sofri demais. Odiava o Ceub, achava todos da minha turma uns idiotas e chorava sem parar. Depois passou. Fiz muitos amigos no Ceub, uns poucos grandes amigos e a melhor amiga. Penso sempre que se não tivesse entrado lá, não os teria conhecido e isso seria uma perda inestimável na minha vida.
Nesse aspecto, vou sentir falta. Falta do tanto que eu ri lá. Do tanto que eu conversei e ri.
Mesmo escrevendo tudo isso aqui e tendo, racionalmente, a consciência de que é a realidade, ainda não absorvi. Ainda não realizei que não vou mais voltar no Ceub para ter aula nunca mais. Nem que vou ter que me preocupar com provas ou faltas ou trabalhos. Nada, nada.

Isso ainda é muito surreal para mim. Aliás, melhor, isso ainda é muuuuuuuito irreal para mim.