Bocados de Ar

Porque as palavras não passam de bocados de ar

quinta-feira, outubro 17, 2002

Muitas coisas influenciam o meu humor. Uma delas são os sonhos que tenho enquanto durmo e as sensações que tive em decorrência deles.
Quando tenho sonhos em que passo muito medo, como sonhos com monstros ou perseguições de desconhecidos psicopatas (sim, já tive sonhos assim), passo o dia inteiro assustada. É estranho porque eu sei que foi sonho e que na verdade ninguém está querendo me matar (não que eu saiba, pelo menos) mas, mesmo assim, fico me assustando fácil e por qualquer coisinha eu dou um pulo desse tamanho.
Quando tenho sonhos muito bons, fico o dia inteiro meio aérea. Posso até não me lembrar mais do sonho, mas normalmente acabo mantendo a sensação que tive durante meu sono e isso fica pelo dia inteiro. Aliás, é comum que eu esqueça o sonho e só me lembre de como eu me senti durante ele.
Mas tem uma terceira categoria: sonhos que me deixam confusa. Normalmente, são com pessoas que já passaram pela minha vida e não fazem mais parte dela. Pessoas pelas quais eu não nutro mais nenhum tipo de sentimento. O problema é que no sonho o que eu sinto é tão intenso, que eu acordo com resquícios desse sentimento que eu julgava não existir mais. Aí, eu fico esquisita. Não sei bem porquê já que, com o acordar, a intensidade de tudo que senti enquanto sonhava passa. Mas permanece um gostinho de cabo de guarda-chuva na boca, sabe? E aí, eu fico o dia inteiro com uma sensação de um sofrido dejá vu...
É assim que eu estou hoje. Meio melancólica e sem vontade de conversar...
E acho que vou parar de escrever também...