Terminei de tirar os quadradinhos das benditas petições. Finalmente.
Terminei , também, de ler "Drácula", mas isso foi ontem. Adorei. É o tipo de livro que prende sua atenção do início ao fim. É claro que, ao tentar impôr um tom de modernidade à obra, Bram Stocker acabou por cometer alguns erros científicos que só hoje em dia podem ser reconhecidos. Cito dois deles:
- O primeiro é uma suposta transfusão de sangue que é feita à uma vítima do Drácula. Lucy, a pessoa em questão, recebe 4 transfusões de sangue de 4 pessoas distintas. Na época não era sabido, mas hoje qualquer estudante de 2º grau sabe que, sem uma análise do tipo sangüíneo e do fator RH, de forma a verificar se seriam compatíveis com os dela, ela morreria assim que recebesse o sangue de outra pessoa;
- O segundo provavelmente só seria reconhecido por pessoas que estudem ou tenham estudado Direito Penal, mais especificamente, Criminologia. Numa conversa entre dois personagens, Mrs. Mina e o Prof. Van Helsing, há uma dissertação a respeito do caráter criminoso de Drácula. Mina cita a teoria de Lombroso (estudioso do comportamento criminoso, contemporâneo a ela- e a Bram Stocker). Simplificando, essa teoria apregoa que o criminoso teria um "defeito" cerebral e, por isso, seria inferior aos demais seres humanos. Esse seria o ponto fraco do Drácula. Ter um cérebro inferior aos demais e, em decorrência disso, ser um criminoso. Eles dizem, inclusive, que Drácula teria um cérebro quase infantil. Essa teoria também já é ultrapassada e, se ainda é estudada, é só para que possamos entender a evolução das teoria criminológicas.
Mas, apesar desses probleminhas técnico-científicos, o livro é ótimo. Só me decepcionei em uma coisa. No filme, o Drácula era um dos nobres cristãos que foram para as cruzadas, deixando a esposa a esperá-lo. Sabendo de seu imenso amor pela esposa, um de seus inimigos manda uma mensagem a ela, dizando que ele havia morrido na batalha. Desesperada, ela se joga do castelo, que fica à beira de um precipício, pouco antes dele retornar para casa. Quando ele chega e recebe a notícia de que ele se matou, ele se revolta contra Deus, por este ter deixado que seu amor se matasse enquanto ele lutava para defender seu divino nome e resolve passar a se alimentar e a matar os filhos de Deus (portanto, toda a humanidade), tomando seu sangue. É claro que, no fim do filme tem a redenção de Drácula, que faz as pazes com Deus.
Quando vi o filme, adorei esse contexto romântico (é, eu sou bem mulherzinha, mesmo e gosto de ver romance até em histórias de terror) e essa justificativa amorosa para o que ele faz. Até porque filme mostra Mina como uma possível reencarnação da mulher dele, o que explica a obsessão que ele tem por ela. Pois é, no livro não tem nada disso. B. Stocker não explica como surgiu o Drácula, e a história se inicia quando ele já vive há séculos como um vampiro.
Mesmo, assim eu gostei do livro. Agora estou na dúvida se leio "Frankstein", "O Médico e o Monstro" ou um mais leve, como "Os Catadores de Conchas"...
Terminei , também, de ler "Drácula", mas isso foi ontem. Adorei. É o tipo de livro que prende sua atenção do início ao fim. É claro que, ao tentar impôr um tom de modernidade à obra, Bram Stocker acabou por cometer alguns erros científicos que só hoje em dia podem ser reconhecidos. Cito dois deles:
- O primeiro é uma suposta transfusão de sangue que é feita à uma vítima do Drácula. Lucy, a pessoa em questão, recebe 4 transfusões de sangue de 4 pessoas distintas. Na época não era sabido, mas hoje qualquer estudante de 2º grau sabe que, sem uma análise do tipo sangüíneo e do fator RH, de forma a verificar se seriam compatíveis com os dela, ela morreria assim que recebesse o sangue de outra pessoa;
- O segundo provavelmente só seria reconhecido por pessoas que estudem ou tenham estudado Direito Penal, mais especificamente, Criminologia. Numa conversa entre dois personagens, Mrs. Mina e o Prof. Van Helsing, há uma dissertação a respeito do caráter criminoso de Drácula. Mina cita a teoria de Lombroso (estudioso do comportamento criminoso, contemporâneo a ela- e a Bram Stocker). Simplificando, essa teoria apregoa que o criminoso teria um "defeito" cerebral e, por isso, seria inferior aos demais seres humanos. Esse seria o ponto fraco do Drácula. Ter um cérebro inferior aos demais e, em decorrência disso, ser um criminoso. Eles dizem, inclusive, que Drácula teria um cérebro quase infantil. Essa teoria também já é ultrapassada e, se ainda é estudada, é só para que possamos entender a evolução das teoria criminológicas.
Mas, apesar desses probleminhas técnico-científicos, o livro é ótimo. Só me decepcionei em uma coisa. No filme, o Drácula era um dos nobres cristãos que foram para as cruzadas, deixando a esposa a esperá-lo. Sabendo de seu imenso amor pela esposa, um de seus inimigos manda uma mensagem a ela, dizando que ele havia morrido na batalha. Desesperada, ela se joga do castelo, que fica à beira de um precipício, pouco antes dele retornar para casa. Quando ele chega e recebe a notícia de que ele se matou, ele se revolta contra Deus, por este ter deixado que seu amor se matasse enquanto ele lutava para defender seu divino nome e resolve passar a se alimentar e a matar os filhos de Deus (portanto, toda a humanidade), tomando seu sangue. É claro que, no fim do filme tem a redenção de Drácula, que faz as pazes com Deus.
Quando vi o filme, adorei esse contexto romântico (é, eu sou bem mulherzinha, mesmo e gosto de ver romance até em histórias de terror) e essa justificativa amorosa para o que ele faz. Até porque filme mostra Mina como uma possível reencarnação da mulher dele, o que explica a obsessão que ele tem por ela. Pois é, no livro não tem nada disso. B. Stocker não explica como surgiu o Drácula, e a história se inicia quando ele já vive há séculos como um vampiro.
Mesmo, assim eu gostei do livro. Agora estou na dúvida se leio "Frankstein", "O Médico e o Monstro" ou um mais leve, como "Os Catadores de Conchas"...
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